quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Deus, ministro da guerra



A propósito do post do passado dia 2, intitulado "Mudanças", foram-me devolvidos repreensivos reparos, via e-mail. Pretendia (e pensei que se percebia. Problema meu) fazer ironia com o facto de a senhora que MacCain foi buscar ao Alasca, ter entrado na dança falando de mudança. A mudança que Palin apregoa, a existir, só pode ser para pior. A mulher encravou com dividas uma minúscula povoação que governou e que até então vivia na pacatez financeira. Aumentou impostos, já no Alasca, quando não fazia sentido. Pertenceu, durante dez anos, a um movimento independentista. É criacionista convicta e inflamada, e pretende que esta lamentável interpretação religiosa seja imposta nas escolas.
Não estamos a falar de uma candidata a presidente de uma junta regional. Falamos de alguém que quererá impor estas parvoíces num país que influencia o mundo. Falamos de opções perigosas que colocam em risco liberdades individuais. Corremos mesmo o risco de ver a criatura tomar posse como presidente dos Estados Unidos da América.

Quanto às questões morais, bem, aí não há nada a acrescentar. Se vamos olhar por esse canudo, e tendo em conta que num país civilizado e com interesse para o mundo, as opções religiosas estão ao nível das comunidades que se sujeitam aos mais retrógados fundamentalismos, chegamos a conclusões pouco animadoras.
MacCain confunde uma nação com um exército. Palin acha que Deus é um general em exercício.
Nada de bom se espera daquela parelha de cromos.
Esperemos que os americanos tenham tino.

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