Têm razão, os incansáveis defensores das liberdades individuais, revoltados com a ideia da aplicação de um "chip" nas lusas viaturas. Há por aí desabafos que nos descansam: "É uma afronta à privacidade de cada um. Ninguém tem nada que saber onde vou com o meu carro", li por aí. Justa reinvidicação, diga-se, e recomendável. Resta acrescentar que ninguém está minimamente interessado em saber onde qualquer um de nós foi com o carro ontem à noite. A não ser que um de nós pegue no carro para ir onde lhe apetecer e pelo caminho lhe apeteça roubar um Banco, atropelar um vizinho, ou cometer outra qualquer saudável leviandade. Este chip limitador da liberdade individual também limita os movimentos dos amigos do alheio que, coitados, assim vão ver a sua acção perigosamente reduzida. É uma injustiça.
Já agora, porque não proibir os cartões multibanco e de crédito, a via verde, o cartão FNAC, a internet, e todas as formas de facilitação do acesso à nossa vida privada? Há países onde algumas destas proibições, zeladoras das nossas liberdades mais íntimas, já se aplicam.
Aprendamos, pois.