Julieta do Vale inaugura na próxima quinta-feira uma exposição de fotografias suas. Chamou-lhe Futuro Próximo. As imagens foram todas feitas no Japão, país onde esteve suportada por uma merecida bolsa de estudo atribuída pela Gulbenkian.
A Julieta fez o estágio profissional na DDLX. E nós gostamos muito dela e do seu trabalho. Para justificar a mostra resolveu escrever estas bonitas palavras:
Dias em que me aproximo do futuro. Vejo que os elementos envolvidos no meu caminho mantêm um movimento inverso mas harmonioso. Toda a gente se dirige para onde vai e eu só ando. Preciso de arroz e de perceber porque está tudo tão bem iluminado.
O espaço de tempo entre acontecimentos dirige os pensamentos para algumas conclusões agradáveis. Procuro o incompleto. Os meios de transporte são confortáveis mas não adormeço facilmente. Tento representar o invisível que me rodeia.
Os ambientes apresentam uma assimetria que encanta, através do desequilíbrio e da aparente casualidade das coisas. Ao eliminar o que não é essencial, reduzindo as coisas à sua essência, o design japonês evoca um sentimento de infinidade.
O espaço é uma entidade com quatro dimensões: altura, largura, comprimento e tempo. Não é necessário estar cheio para ser útil. O vazio pode ser preenchido pela habilidade de cada um. No espaço aberto onde ficamos, podemos estruturar o fluir do tempo e beber chá verde. Podemos ver as pessoas que passam. Levam saquinhos cheios de pedras redondas. Mexem os braços duma maneira diferente.
Os dias são curtos e o vento é cortante. Posso descobrir outros caminhos sem me perder. Parece que respondo bem em japonês a perguntas que não percebi totalmente. Por alguma razão as coisas fluem.
Galeria Monumental
10 Abril > 7 Maio
Terça a sábado, das 15h00 às 19h30
Campo dos Mártires da Pátria, 101, Lisboa
Dias em que me aproximo do futuro. Vejo que os elementos envolvidos no meu caminho mantêm um movimento inverso mas harmonioso. Toda a gente se dirige para onde vai e eu só ando. Preciso de arroz e de perceber porque está tudo tão bem iluminado.
O espaço de tempo entre acontecimentos dirige os pensamentos para algumas conclusões agradáveis. Procuro o incompleto. Os meios de transporte são confortáveis mas não adormeço facilmente. Tento representar o invisível que me rodeia.
Os ambientes apresentam uma assimetria que encanta, através do desequilíbrio e da aparente casualidade das coisas. Ao eliminar o que não é essencial, reduzindo as coisas à sua essência, o design japonês evoca um sentimento de infinidade.
O espaço é uma entidade com quatro dimensões: altura, largura, comprimento e tempo. Não é necessário estar cheio para ser útil. O vazio pode ser preenchido pela habilidade de cada um. No espaço aberto onde ficamos, podemos estruturar o fluir do tempo e beber chá verde. Podemos ver as pessoas que passam. Levam saquinhos cheios de pedras redondas. Mexem os braços duma maneira diferente.
Os dias são curtos e o vento é cortante. Posso descobrir outros caminhos sem me perder. Parece que respondo bem em japonês a perguntas que não percebi totalmente. Por alguma razão as coisas fluem.
Galeria Monumental
10 Abril > 7 Maio
Terça a sábado, das 15h00 às 19h30
Campo dos Mártires da Pátria, 101, Lisboa