domingo, 20 de abril de 2008

Até parece que há bruxas


Cavaco Silva e Jaime Gama, primeira e segunda figuras do Estado, inscreveram-se no clube de admiradores de Alberto João Jardim. Perdoam-se as má-criações, as ofensas pessoais e ao Estado, os atropelos às normas democráticas, tudo. Tudo o que foi dito e feito para trás é apagado com rasgados elogios. Ninguém está interessado em pôr a criatura na ordem.
Não se vislumbra o mínimo encanto num boçal em delírio, mas não é o que se percebe com estas exibições de apreço. O primeiro-ministro não faz tenções de pôr os pés na terra do soba disparatado. É melhor que não o faça mesmo. Sempre é o resistente que resta, e, pelos vistos, o contacto com o chefe madeirense no seu próprio terreno molda reconhecimentos a seu favor. Anda ali um feitiço qualquer.