
No primeiro dia em que o jornal saiu, um amigo meu, então já na casa dos oitenta, assegurava-me: "finalmente temos um jornal diário decente". O decreto era creditado pela sua longa vida profissional. Foi jornalista, em França, durante o período da guerra. Trabalhava para uma das principais agências noticiosas da pátria de De Gaulle. Chamava-se José Abreu. Era um prazer conversar com ele. Recordo-o neste dia em que o jornal que o acompanhava diariamente comemora mais um feliz aniversário. A ele com saudade. Ao Público com esperança.