quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

O bom-senso não é proibido


Por princípio não alinho em proibicionismos. Percebo quem não tenha grande apreço por estas novas leis que proíbem fumos em locais públicos. Mas as reacções em contrário também não me parecem razoáveis. Aquele apelo à revelação dos nomes dos restaurantes que permitem fumar enquanto se dá ao dente é útil, confesso. Dá para os dois lados. Ficam duas espécies de convivas esclarecidos: os que associam o fumo à refeição e os que preferem comer sem esse incómodo. Mas seria muito mais razoável se não fosse exibido em tom ressabiado. Assim não tem graça. Torna-se mesmo ridículo. Estas bandeiras acabam sempre por agitar o folclórico colorido do excesso. Eu, que nunca recusei jantar com amigos fumadores, mas que me incomoda o fumo, não vejo razão para esta apologia do tabaco.
Provavelmente, as leis que tolhem estas animações não são assim tão disparatadas.
Só conseguimos respeitar o outro a toque de caixa.