quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Foi assim

Resposta ao passatempo do derterrorist

Nas recordações de infância do José Simões é revelada uma realidade que esteve muito próxima da minha. Crescemos praticamente na mesma zona, apesar de nos termos conhecido já mais crescidinhos. Ele viveu situações que eu vi viver, mas não vivi. Os mergulhos na doca não fazim parte do meu dia-a-dia. Toda aquela alegria não foi por mim frequentada. Filho único, um "atraso de vida" com protecção apertada dos pais. Claro que vivi, confesso. Mas hoje sinto alguma inveja do Zé Simões. As minhas alegrias eram outras: Jogar os jogos de época, na rua, vigiado de perto pela minha mãe, com bons amigos, e desejando que chegassem as chamadas férias grandes. Isso sim, eram dias e dias passados em casa dos meus tios, na Vidigueira. Em casa é como quem diz: percorria léguas, sempre acompanhado do rafeiro Piloto, que, segundo os meus tios: "até parece que está o ano todo à tua espera". Todos os anos eram acrescentados novos amigos ao grupo. Vinham, tal como eu, dos mais diversos lugares para ali passar os dias de verão.
Quando cresci mais um bocadinho passei a ficar em Setúbal para "fazer praia". Uma seca, literalmente. O prazer da praia veio mais tarde e em força. No início da adolescência não dispensava os banhos em Tróia. Bem acompanhado, se possível.
Foi esta parcela da minha infância que me apeteceu contar.

Se a Sandra, o Paulo, o João, o Jorge e o Manel (todos a morar perto do Sado), quiserem continuar este desfile de revelações dos tempos idos, façam favor. Sem serôdios saudosismos, ok?