segunda-feira, 16 de julho de 2007
As amostras
Estas amostras políticas que os chamados independentes representam (Carmona é uma invenção do PSD e Roseta vem do PS), são uma perplexidade. Ninguém acreditava, aqui há umas semanas atrás, que o engenheiro se candidatasse. Pois bem, reuniu à sua volta a pior gente possível e avançou. O resultado representa uma aclamação. Há umas semanas atrás, repito, não era previsível. A arquitecta saiu do seu segundo partido de sempre na véspera das eleições. Também não se saiu mal com a ousadia. Terão estas experiências um futuro? Provavelmente sim, provavelmente não. Uma coisa é certa: sendo experiências, representam o pior que a política nos fornece. Abandonam os colectivos partidários quando não lhes são dados palcos para as suas performances pessoais. Depois chamam-lhes coisas estranhas: como cidadania e amor ao povo. No meu tempo chamava-se a estes devaneios populismo. Agora há outros nomes para o fenómeno. Posso estar enganado, mas isto vai dar em nada. Mas se me enganar, espero que os protagonistas destas generosas acções sejam outros: independentes, de facto, verdadeiramente defensores da cidadania e com respeito pela política.