sábado, 2 de junho de 2007

O novo Newman


Na minha leitura dos jornais de fim-de-semana, encalho na página 20 do suplemento Actual, do Expresso. Esta secção é composta por duas colunas, onde se expõe o que correu mal e o que correu bem a gente que por aí faz coisas. Os contemplados com as boas graças são: João Bénard da Costa, José Manuel dos Santos, Mário Cláudio e Joaquim Benite. José Manuel dos Santos por um prémio de crónica atribuído, há já algum tempo, às colaborações semanais no próprio Expresso. "Mais vale tarde que nunca", reconhece a nota. Bénard da Costa pela crónica número 200 no Público. Benite e Cláudio por terem sido agraciados, pelo governo francês, com a distinção de Cavaleiros da Ordem das Artes e das Letras.
Porreiro. Parabéns a todos.
A semana correu mal, segundo a coluna da direita, à ministra da educação, por causa do professor da anedota. A Siza Vieira coube o desaire de ter perdido, e bem, a luta com a baronesa de Thyssen, na polémica sobre o abate das árvores do Paseo del Prado, em Madrid.
Em último está Paul Newman por ter anunciado retirar-se do cinema.
É este último agraciamento que me deixa perplexo. Então a um homem que, aos oitenta e dois anos, depois de uma vida de sucessos no Cinema, anuncia que se vai embora para se dedicar a actividades mais consentâneas com as suas actuais capacidades, corre mal a semana porquê?
Um homem que se vai dedicar ao seu negócio relacionado com comida ecológica, não se resignando a ficar sentado a olhar para os rendimentos, não merece este apupo. Eu, por mim, já o coloquei na coluna da esquerda. Apesar de ser só uma homenagem da minha imaginação. O jornal já está paginado e impresso, e, não tarda nada, à mercê de outros usos. Paul Newman, esse, ainda está para as curvas.