segunda-feira, 16 de abril de 2007

Os novos miseráveis


Le Pen, eterno candidato da extrema-direitra francesa às eleições presidenciais, não gostou que Chirac lamentasse o apoio francês aos nazis. O homem que um dia disse que a eliminação física, em câmaras de gáz, de opositores a Hitler foram apenas um episódio na História da Guerra, já nos habituou à desfaçatez e apologia do crime. Logo, mais este apontamento não traz ponta de novidade. Mas não deixa de ser interessante outra declaração do líder xenófobo: " Sarkozy não tem a aversão de Chirac a meu respeito". Quem diria. Afinal há diferenças substanciais entre o presidente e o candidato por si apoiado na corrida eleitoral. Chirac conseguiu a proeza de reunir esquerda e direita em seu redor para não permitir a eleição do indesejável extremista. Sarkozy não precisa de tanta tropa. E, pelos vistos, terá o apoio de Le Pen na segunda volta. Há gente que não se leva a lado nenhum. Nem para beber um cafézinho.
O candidato da direita apela ao eleitorado desiludido com a política. Ségolène reafirma valores de esquerda — seja lá isso o que for — posicionando-se como a mais saliente candidata com possibilidade de derrotar o cínico Sarkozy, à segunda volta.
Força Ségolène. Fogo para cima deles.