quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
Socorro!
Não me levem a mal estes desabafos. Hoje jantei num restaurante do Bairro Alto, onde costumo conviver com uns amigos que misturam trabalho com conhaque. Numa mesa perto estava um conhecido e reconhecido intelectual português, nascido lá para meados do século passado, embevecido por uma jovem, parida quase no princípio deste. Nada disto seria anormal não fosse a anormalidade da criatura. Não conseguimos desligar da conversa perfeitamente idiota. O que, aliás, não era difícil, já que o homem se fazia ouvir alto e bom som. Não, não é dor de cotovelo por causa da jovem presa do distinto homem de cultura. Tenho muito mais onde ocupar o tempo. Mas faço uma pergunta ao auditório: será que em Portugal até os intelectuais são idiotas? Tirem-me daqui. Quero ser padeiro na Nova Zelândia.