quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Arpad



Na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, abre amanhã, no seu espaço na Praça das Amoreiras, uma importante exposição de um dos seus patronos. Casou com Vieira da Silva e com ela protagonizou uma existência riquíssima. As obras agora reunidas constituem uma expressiva amostra do talento singular do artista. Eu gosto muito do trabalho de Arpad. E aconselho uma visita a esta revisitação da sua obra. Nós, aqui na DDLX, desenvolvemos o design de comunicação.
Do texto biográfico, redigido por Marina Bairrão Ruivo, responsável pela Fundação e por esta exposição, ressalto o que se segue:

Os anos 60 foram anos de uma discreta “consagração”: aquisições de suas obras por Museus franceses, exposições individuais em França e no estrangeiro, condecorações do Estado francês. Foram também anos de intensa produção (1960-1980), em que a exploração da atmosfera, a organização lumínica e rítmica regeram as suas pinturas, as suas paisagens imaginadas. Mais discreta, a cor também se transformou e contribuiu de maneira decisiva para criar o espaço espiritual e a luminosidade que as pinturas evocam. O branco, nas variações de cinzentos, rosas, ocres, azuis ou amarelos em fundos ou em sobreposições suaves, concentra luz e transparência. A obra de Arpad Szenes foi várias vezes referida como sendo silenciosa, evocativa e por vezes evasiva. Voluntariamente retirado para segundo plano em função de Vieira da Silva, Arpad Szenes não deixa de ser uma referência importante na arte do seu tempo. Foi um dos melhores representantes da Escola de Paris dos anos 40, apesar da discrição e modéstia que o caracterizaram.

Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva
Praça das Amoreiras, 56-58, Lisboa
Segunda a sábado - 11 | 18 horas
Domingo - 10 | 18 horas
Até 17 de Julho