sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Todos juntos

Toda a gente é pela despenalização, percebe-se agora. A malta do "não", com excepção do cónego de Castelo de Vide, também não quer castigar os comportamentos irregulares. Não há bispo que não esteja disponível para verter uma lágrima por um ou outro casos de aborto. Parece que ninguém apoia a condenação, com pena de prisão, da prática da interrupção da gravidez. É certo que agora até encomendaram um bonequinho mentiroso aos chineses. Mas, é certo também que estão deveras condoídos com quem sofre. Conclusão: Se calhar ainda não perceberam bem a pergunta do referendo. Claro que falamos de gente inteligente e informada, mas, provavelmente, foram acometidos por uma espécie de iliteracia súbita.
Ou então, tudo isto não passa de brio religioso. E, todos sabemos que, muitas vezes, as opções religiosas encobrem realidades.
Às vezes realidades bastante violentas.