quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Inquietações

Se a história está bem contada, é perturbante. Uma criança vive com os seus pais desde que se entende. Passados cinco anos aparece uma criatura que nunca viu mais gorda, e que se esteve borrifando para o seu nascimento, garantido que é ele o pai e ameaçando, em caso de vencer o caso em tribunal, retirar-lhe o contacto com os actuais protectores. O tribunal deu razão ao pai biológico e condenou os adoptivos. Será a escolha certa? Para a cidadã de cinco anos, não dá para ter a certeza da bondade dessa escolha. Assim de repente é difícil encontrar uma história razoável para contar à criança.
Terá o tribunal contado com isso? Os tribunais têm seres humanos lá dentro. E, toda a gente sabe: errar é humano.