segunda-feira, 29 de janeiro de 2007


Os defensores do "Não" têm uma imensa vontade de dizer que não, de proibir, de impor os seus serôdios ditames. Chamam-lhe: Consciência. Como se fosse uma partícula divina que se lhes meteu pelo corpo, e que lhes permite julgar a consciência dos outros.
Os defensores do "Não" acham que o Estado não deve subsidiar a assistência a mulheres "pecadoras", porque é contra a consciência deles. Como se não houvessem eleições e como se não houvesse uma Assembleia da República, onde essas coisas são discutidas e decididas. Ou seja, como se não houvesse Democracia. Se formos por aí, nunca mais saímos daqui. Por exemplo: alguns de nós, que nunca entrámos em nenhum dos estádios de futebol pagos pelo regime, porque não gostamos de futebol, teríamos que ir reclamar o nosso quinhão nessa participação. E os que não estão de acordo com a ditadura da consciência que os defensores do "Não" nos querem continuar a impor, com a manutenção da actual lei, o que poderão fazer? Bem.... Agora têm uma oportunidade. É dizer "Sim" no dia 11 de Fevereiro. Dizer "Sim" não impõe nada a ninguém. Apenas regula a liberdade individual.
A cada um a sua consciência. Seremos consciente e livres, se respeitarmos a Consciência dos outros.