segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Em nome da lei

O arcebispo Ortiga decreta que, seja qual for o resultado do referendo, o aborto "continuará a ser crime". Declara também que a igreja católica é culpada pelo ateísmo, por dificuldades de comunicação.
Tudo seria facilitado se o ateísmo fosse considerado crime, por decreto.
Como isto era mais fácil no tempo em que os senhores da igreja ditavam o que era a justiça e a fé.

9 comentários:

Anónimo disse...

Não tens fé. Se a tivesses percebias que se pode matar por ela. Amén.

Anónimo disse...

A padralhada é assim, gosta de mandar. Deus nos livre!

Anónimo disse...

Era uma alegria. A nobreza a mandar, o Clero a dar os "améns" e o povo a levar porrada. Isso é que era...

Anónimo disse...

Temos que respeitar o direito à vida.
Eu atirava com estas abortivas todas para a fogueira.

Anónimo disse...

Se a padralhado casasse nada disto acontecia. Assim, é vê-los desbragadamente dizer disparates. Aquilo é falta de sexo, digo-vos eu que sou sexólogo.

Anónimo disse...

o facto de não casarem, não quer dizer que não tenham sexo. O mal é outro. Querem mandar nas mentes. Por vontade deles todos seriamos católicos. O problema é que já poucos os levam a sério. E isto ainda está no princípio. Vão por mim, que até não sou sexóloga. Ou seja, não vejo sexo em tudo e todos.

Anónimo disse...

Rushdie: «A religião foi o maior erro da raça humana»
Foi um prazer assistir à conferência-debate com Salman Rushdie, Cláudio Torres e Anselmo Borges em Santa Maria da Feira, na sexta-feira.

Rushdie defendeu bastante bem a posição ateísta, e repetiu várias vezes, sem que ninguém o contradissesse, que os deuses foram criados à imagem dos homens (e não o contrário). Recordou que muitas mitologias têm um momento em que os deuses desaparecem e os homens têm que assumir as suas responsabilidades, e que entrámos nesse momento histórico a partir do Renascimento, e mais concretamente a partir do Iluminismo. Elaborou um pouco à volta do tema, recorrente nas suas entrevistas recentes, de que provavelmente nascemos com um sentido ético que nos leva a perguntar o que está certo e o que está errado, e que pode portanto levar à religião. E foi bastante claro, após as perguntas do público, sobre aquilo que nos separa dos crentes e dos seus «companheiros de estrada» clericais: não confiarmos nos sacerdotes das religiões para responder a perguntas sobre ética. Quanto ao outro uso da religião que Rushdie mencionou (explicar as origens do mundo e da humanidade), hoje já quase ninguém o leva a sério.

Politicamente, Rushdie denunciou as teses huntingtonianas do «choque de civilizações», explicando que o «mundo muçulmano» é muito diverso e está muito dividido, por exemplo entre sunitas e xíitas. Defendeu vigorosamente que apenas quando o Islão for reinterpretado, como Averróis tentou fazer no seu tempo, poderá evoluir. E recomendou a leitura de «Identity and Violence» de Amartya Sen para uma compreensão de como temos muitas pertenças, da nacionalidade e da região ao clube de futebol e à religião. Mencionou igualmente Richard Dawkins («The God delusion») para esclarecer onde sustenta o seu ateísmo.

De um modo geral, ignorou as perguntas do público.

Artigo de Ricardo Alves, publicado no diário ateísta.

Anónimo disse...

É curioso observar, relativamente ao aborto, o que diz JTD.
Mas então se a Igreja mudasse de opinião relativamente a um epotético resultado do referendo, é que era de admirar, não era?

Relativamente ao que diz o senhor "Zé do Sul", relembro-lhe que esta "República" tem quase 100 anos e o senhor se calhar nunca "deixou de levar porrada" e ainda hoje continua a "levar"!
Curioso, não é, como você consegue "ser feliz"?

Quanto ao senhor "anti-clerical" relembro-lhe e questiono-lhe QUANTOS CRIMES foram já efectuados em nome do "ANTI-CLERICALISMO" e do ATEISMO? E se os modelos, já experimentados, de sociedades ateistas criaram algo de novo na história da humanidade?
A questão não reside na religião mas sim na condição humana!

Anónimo disse...

Nem padres nem generais, já temos merda a mais...