sexta-feira, 10 de março de 2006

Rei tosco

Cavaco, logo no início do discurso, agradeceu apenas aos eleitores que nele depositaram confiança. Nem uma palavra para os outros portugueses, os que não lhe deram cavaco.
Cavaco fez um discurso de tomada de posse de governo. Uma lenga-lenga que deverá agradar aos tais 50,6 % que nele confiam, pensando que tudo vai mudar graças à sua acção.
A tomada de posse mais parecia uma coisa monárquica (Vasco Pulido Valente faz uma abordagem a esta disfunção protocolar, no Público). Duarte Nuno de Bragança devia estar roído de inveja ao ver as reportagens da entronização.
Cavaco não vê o seu novo posto como forma de servir o país, vê-se servido pelo país. Os seus eleitores são os seus súbditos.
Eu, continuo a viver em República. Soares também. Foi por isso que não foi prestar vassalagem ao novo monarca.
Fez muito bem.
JTD