Na semana passada, o presidente da câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, resolveu obsequiar a monarquia portuguesa, com uma placa, colocada em parede municipal, referindo os acontecimentos que prenunciavam o fim da monarquia. Não passou de uma singela homenagem, com a presença, em massa, dos indefectíveis da submissão a Duarte Nuno de Bragança. E lá estava o próprio, para grande alegria das dezenas de pessoas que até tiveram a oportunidade de gritar "Viva o Rei".
E o "rei" (salvo seja) lá botou faladura. Que sim senhor, que a monarquia é um exemplo de desenvolvimento das nações, que Portugal estaria mais avançado se vivêssemos em monarqiua, que a culpa do estado em que estamos é da república, enfim, vendeu os seus "Souvenirs" e lá foi à sua vidinha.
Será que o país de que Duarte Nuno fala é o mesmo que o rei D. Carlos referia naquela célebre frase "lá vamos nós para aquela piolheira", quando regressava do estrangeiro? É giro ver como estes reis, condes e duques adoram o seu povo. E como o povo lhes está reconhecido, viu-se no ajuntamento que se deslocou à Praça do Município.
Claro que o que diz D. Duarte não tem a mínima importância. O que está em causa é a atitude de um autarca eleito em democracia e em regime republicano. Estará Carmona de acordo com o que foi ali gritado?
Lamentável.
JTD