sábado, 3 de dezembro de 2005

Contra os partidos, marchar, marchar

Eu até gostaria de expressar alguma boa vontade pela candidatura de Manuel Alegre.
Gostaria porque apesar de tudo sempre é um poeta, uma figura de topo do maior partido da esquerda portuguesa, um razoável orador. Mas as suas intervenções na pré-campanha assemelham-se às de Cavaco: abre a boca e, ou entra mosca ou sai asneira.
Hoje, em acesso de cólera contra os partidos políticos, resolveu classificar os cidadãos sem-partido como muito melhores do que os partidariamente inscritos. Disse mesmo que a mediocridade impera nos partidos. Será que o poeta andou a chafurdar nessa mediocridade até à bocadinho? Ou navegava com a sua imensa qualidade enquanto os seus correligionários vegetavam à sua volta?
Pessoalmente estou completamente à vontade: não pertenço a qualquer partido da democracia portuguesa. Sou, portanto, um cidadão de qualidade garantida.
Uma tristeza, este Alegre.
JTD