terça-feira, 17 de maio de 2005

Fernando Magalhães

Fernando Magalhães morreu. Há muitos anos que me aconselhava com entusiasmo e talento a excelência dos seus sons. Nunca o conheci pessoalmente, mas cada vez que o lia nas páginas do PÙBLICO, BLITZ ou mais recentemente em www.forumsons.com, sentia-me como se fosse membro da sua roda de amigos. É assim: A gente escolhe os cronistas que mais nos falam ao ouvido, porque nos dizem o que é grato ouvir, e depois sente a estupidez da ausência com a tristeza de uma grande perda.
O PÚBLICO de hoje edita resumos de alguns textos do Fernando. Passo para aqui um que fala de um autor que ele me revelou, e que desde entâo não perco de vista: Robert Wyatt.

"Estados de alma que tanto exigem, para se fazerem ouvir, do canto panfletário da Internacional Socialista, como se encolhem num balbuciar triste e, por vezes, incoerente, de uma criança ferida. Ou de um louco encarcerado na certeza das suas próprias convicções. De um poço como Rock Bottom não se sai igual ao que entrou."
JTD