segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005
O tempo dos labregos
O projecto populista parece ter chegado ao fim. Todo este processo encetado por Pedro Santana Lopes, já raiava euforía na voz de alguns protagonistas. Alberto João Jardim pronunciava-se sobre tudo e todos como uma autêntica consciência nacional. Isaltino chegou-se à frente para salvar Oeiras, numa desbragada demontração de falta de decoro. Relvas era o maior opinador de serviço. Os mais indescritìveis artistas de telenovela prestaram vassalagem ao seu guru número um. O parlamento, na bancada laranja, ficou cheio de deputados perfeitamente inúteis. Até o ridículo José Castelo branco se sentiu com coragem para anunciar que se preparava para ser deputado. E nós acreditamos. Tudo seria possível com esta gentalha no poder. Todos os labregos se sentiram alimentados e vitoriosos. Todos acharam que era chegada a sua hora. Felizmente durou pouco, o tempo dos labregos. Mas fez das suas. O PSD ainda não se livrou da tralha santanista. E pelo andar da carruagem, um tortuoso caminho se avista. Por favor, não devolvam a criatura ao país. Preparem-lhe um lugarzinho interno digno: Porteiro, assessor jurídico, conselheiro de Miguel Relvas. Mas, pela vossa saúde, não o soltem de novo. JTD