segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Mudar é preciso

Devemos respeitar as opções políticas, religiosas e sexuais de toda a gente. E respeitamos.
Santana e Portas suspenderam a campanha eleitoral. Está certo. É respeitável, porque está de acordo com as suas mais profundas convicções, apesar de ser evidente o oportunismo político.
Mas quem encomendou o sermão a Santana Lopes para decretar luto nacional pela vidente de Fátima?
Foi a sua consciência. Logo, devemos respeitar a atitude do nosso governante?
E os cidadãos portugueses que não são católicos? E os que frequentam outros catecismos, não merecem respeito?
Uma coisa é respeitar a religiosidade de cada um, outra é transformar a opção de um governante num imperativo nacional.
Apesar de isto parecer evidente, assistimos à rendição de quase todos os líderes políticos ao luto nacional imposto.
A ascenção de Santana a primeiro-ministro e o seu protagonismo nas consequentes trapalhadas, baixaram o nível, em absoluto, de todas as atitudes dos dirigentes partidários. Veremos se com a sua remoção no próximo domingo, se enceta um caminho mais tolerante na política portuguesa. JTD