quarta-feira, 1 de setembro de 2004
Limites do corpo
Vestida do teu suor fui sobranceira ao medo.
Mas todos os templos batidos pelos ares estão nas colunas das tuas coxas.
Venerado o teu septo nasal e a pele do crâneo como se foram
da criança própria surge o susto - todo o amor é abolição de limites até do próprio corpo.
Maria Velho da Costa. Corpo Verde. Contexto. 1979
Pintura de Paula Rego