O Bloco de Esquerda deu-se ao trabalho de se preocupar com os bailarinos portugueses. Vai daí, toca de propor reformas para este grupo profissional aos 45 anos. A proposta, diz-se, vai ser chumbada na Assembleia da República. Ou seja, os partidos da maioria devem achar que um bailarino ou uma bailarina podem manter-se em funções até aos 65 anos. Esta postura dos deputados portugueses revela uma total falta de respeito pelos valores culturais. No futebol esta questão não se coloca, visto as remunerações serem tão elevadas enquanto exercem a actividade, que não necessitam de se preocupar com esse pormenor irrelevante das reformas. Eu, que prefiro uma performance de Rui Horta a uma goleada de Figo, devo ser um ser absolutamente inclassificável. Mas é assim, é a vida. E a vida de cada um deve ser respeitada. Ou não?
Já agora, se falamos nas reformas dos políticos, temos o caldo entornado. JTD