quinta-feira, 22 de janeiro de 2004
Há dias...
É verdade. Há dias do caraças. Hoje foi um deles. Fiz montes de coisas, corri Seca e Meca, mas não tenho nada para dizer. E isso é muito desagradável. A partir do momento em que criamos um blogue temos que alimentá-lo, dar-lhe motivos de interesse que não afastem a freguesia. Ora assim é complicado. Na mesa do computador que alimenta este vidro electrónico, está um pequeno televisor onde passa o excelente filme "O Quarto do Filho" de Nanni Moretti. Tenho o DVD, na colecção do PÚBLICO. Os meus amigos conhecem a história, não é verdade? Sim, não devem pertencer à legião de concorrentes do "Quem quer ser milionário". O que mais me intriga é querer-se ser milionário num concurso em que é suposto ter-se conhecimento, e não se ter conhecimento nenhum. Mas depois ganha-se sempre qualquer coisa. Começo a ter inveja dos ignorantes. Nunca mais vejo esta merda. Estou, portanto, sem assunto. Vou regressar ao livro de Gonçalo M. Tavares: "Um Homem: Klaus Klump". Estou a gostar bastante. É uma muito interessante leitura da relação da verdade com a mentira, ou seja, do exercício da sedução nos seus desígnios mais, e menos nobres. A literatura é sempre uma boa solução, quando precisamos de aperfeiçoar a realidade. E a música também. Vou ali pôr o "Gustav Mahler/Uri Caine: Urlicht/Primal Light". Comprei o CD esta tarde, na FNAC. O bem que nos sabem os discos que ouvimos pelas primeiras vezes, não é? E pronto. Perdoem-me estes desabafos, mas é o que se pode arranjar. Até já. JTD