domingo, 21 de dezembro de 2003

E o aborto é para os abortos?

Pacheco Pereira voltou a lançar sabedoria no ecran. O professor que acha que a filosofia é para os filósofos, e não para os vendedores de castanhas. como defendeu na sua intervenção televisiva umas semanas atrás. Também deve achar que a poesia é para os poetas e a política para os políticos. Ou seja os produtores de cultura e os decisores trabalham uns para os outros. Ao cidadão comum, restam-lhe umas olhadelas pelos canais de televisão. Hoje, para comentar a situação das mulheres julgadas pela prática de aborto, declarando-se cicadão comum, convocou uma entrevista de Júlio Machado Vaz, onde este culpava os poderes políticos por terem falhado na questão da prevenção e educação sexual. Júlio Machado Vaz tem razão. Só que tem uma opinião muito mais completa, enquanto que Pacheco Pereira se agarrou a esta declaração para se esquivar a comentar este insolente julgamento. Será que o sexo é para sexólogos?
Meu caro Júlio, deve ter ficado encantado com tão esclarecido comentador. BN