sábado, 29 de junho de 2013

LIVRO DE RECLAMAÇÕES | Ontem quase atingi o desespero ao atravessar a zona do Terreiro do Paço. Na primeira vez para passar da zona de Santa Apolónia no sentido do inatingível Chiado. É muito raro fazer esta incursão no trânsito da manhã. Mas tinha que ser. À tarde voltei a repetir a graça, mas no sentido contrário. Tinha que ir de novo para a zona do Parque das Nações. E tinha que trazer o carro de volta, é claro. Pensei que não haveria problema, depois de passadas oito longas horas, tempo suficiente para a resolução do atropelo de trânsito que tanta chatice provocou a tanta gente. Engano. Tudo na mesma, ou pior, claro, com a aproximação da célebre hora de ponta. Consegui fugir são e salvo, e aqui estou para contar. Mas só aqui chegado percebi o que aconteceu. Então não é que eu perdi pelo menos três horas da minha vida para possibilitar uma estranha metamorfose? O Terreiro do Paço transformado em exposição-do-mundo-rural-português, em modo comercial de um supermercado, a que se associa o serviço público televisivo, e que conta ainda com a comercial presença de um cantor manhoso. Ele é nabos, cenouras, bróculos, vaquinhas e grunhidos estridentes e mais o caraças. Nestes momentos, lembro-me sempre da declaração que a personagem de Woddy Allen profere, perante uma mesa de sisudos inquiridores, nos últimos momentos do filme Testa de Ferro: vão-se todos foder.
Não tem nada a ver?! Tem, tem. O dasabafo é universal e dá muito jeito nestas ocasiões. Grande filme.

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sexta-feira, 28 de junho de 2013

UM RAPAZ A ARDER NA CASA DA CULTURA | Não, ninguém se vai imolar pelo fogo no casarão da cultura setubalense. Eduardo Pitta vem a Setúbal, para conviver com leitores. A sessão começa com a passagem de uma faixa musical escolhida pelo escritor. Trata-se precisamente de Rapaz a Arder. Poema de Eduardo Pitta, música de João Aguardela, cantado por Maria Antónia Mendes - A Naifa. Depois, José Nobre, lerá textos de O Rapaz a Arder, e em seguida passamos à conversa, que será moderada por Antonio Ganhão. Arrisco-me a dizer que a coisa promete. Um Muito cá de casa flamejante. Apareçam. 
Até logo.
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quinta-feira, 27 de junho de 2013

MAIS VALE SER UM CÃO RAIVOSO | É interessante assistir nas televisões às interpretações da Greve Geral que, tudo indica, foi uma estrondosa demonstração de rejeição deste governo de algozes. Vê-se de tudo. Uma imbecil indignada por não poder pagar o selo do carro devido ao encerramento da repartição. É que tinha de ser mesmo hoje. Um cretino lamentando com veemência a impossibilidade de ser atendido ao balcão da Segurança Social. Coisa nunca vista. Logo hoje que ele se dispôs a cumprir as suas obrigações. Em rodapé passam opiniões de uns trogloditas que desvalorizam as greves todas. Não resolvem nada. A ignorância sempre foi bem vinda nas televisões em horário nobre. Mas mais interessante foi a necessidade que alguns repórteres tiveram em associar a greve a uma imensa jornada balnear. Uma criatura da SIC mostrava uma praia na linha de Cascais com gente ao sol. O entusiasmo era evidente. Veio tudo para a praia. Entrevista a um responsável pelo bar da área. Diz o senhor: isto tem estado bem, mas hoje, deve ser por causa da greve, está assim. Assim como? Com pouca gente? Pergunta a espécie de jornalista. Sim, muito menos gente do que é habitual, responde o senhor que gere o bar da praia todos os dias. A vontade de relativizar a greve era muita. Mas estas coisas acontecem. Às vezes caga-lhes o cão no caminho. E é muito bem cagado. 
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COELHO FARSOLA | Passos Coelho diz que o país precisa é de trabalho e não de greves. Se calhar ninguém disse ao senhor Coelho que esta greve é pelo direito ao trabalho. E que só existirá trabalho se houver  recuperação económica. Mas para que isso aconteça, Portugal precisa de políticas que façam andar para a frente a economia, e que respeitem quem trabalha, e não de políticos como o senhor Coelho.
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quarta-feira, 26 de junho de 2013


O TEMPO E O MODO | Hum, querem ver que agora é o calor que vai estragar a vida ao Gasparzinho das finanças? O inverno foi o que foi: arrasou a construção. O verão está a ser de ananases. Agora andam para aí a dizer que nem dá para ir para a praia por causa dos ultravioletas e o diabo a sete. Mau para o turismo. Ninguém diga que está bem.
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terça-feira, 25 de junho de 2013

AS AVENTURAS DE GASPARZINHO E COMPANHIA | Empregados, empregadores, desempregados, utentes dos serviços públicos, estudantes, professores, reformados, novos e velhos, todos estão preocupados com o rumo seguido e propõem viragem. Só mesmo os génios da fotografia sabem que esta gente está completamente enganada. O dr. Passos, logo que o patronato levantou a voz, apressou-se de imediato em esclarecer isso mesmo. Tenham paciência, mas o rumo está traçado. Gritem, barafustem, morram. Nenhuma voz será ouvida, ouviram?! Eles é que sabem: Os esclarecidos economistas. Os ilustrados gestores da coisa pública. Os ungidos pela divindade fiscal. Os sacrificados pela Pátria. Os doidos varridos.
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segunda-feira, 24 de junho de 2013

MADUREZAS | O homem foi apresentado como coisa nunca vista. Um professor de primeira linha com créditos internacionais. Até houve quem o achasse mal empregado num governo tão manhoso. Desconfio sempre de super-homens. Prefiro pessoas normais. Com formação eficaz, é claro, mas sem o síndroma da salvação e espírito de sacrificada missão pela Pátria. E não me tenho dado mal com esses cuidados. O professor Maduro tomou o lugar do desfalecido animicamente Relvas e daí para cá não pára. Vai a todo o lado, diz a tudo que sim, que conhece, que resolve, e agora resolveu comunicar como se não houvesse amanhã. Como se o problema do governo fosse o mal diagnosticado por um outro professor, o inefável Marcelo - tudo se resume a problemas de comunicação -, e não às políticas restritivas e ameaçadoras dos cidadãos praticadas por estes políticos de pacotilha. O azougado ministro fala pelos cotovelos. Anda ansioso. Quer sempre falar mais. Tornou-se um fala-barato anunciador de inexistências. Já deve ter percebido que o governo está prestes a cair. De maduro.
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UM RAPAZ A ARDER Memórias de um percurso de vida 1975 - 2001.

Eduardo Pitta nasceu em Moçambique. Veio para Portugal no período conturbado resultante da descolonização. Um período intenso, traumático, mas fascinante. Este livro conta as histórias desse tempo que o marcaram profundamente. Em declaração a uma edição de fevereiro deste ano do suplemento Ípsilon, do Público, esclarece: “8 de Novembro de 1975 foi o dia que mudou a minha vida, 11 de Setembro foi o dia que mudou a vida a toda a gente. São memórias estritamente literárias e partem também da minha condição gay. Os flashbacks têm mais a ver com um certo tipo de vida que se fazia em Lourenço Marques e com o choque de culturas que senti quando vim de Moçambique para Portugal. Durante muito tempo senti-me estrangeiro cá. Hoje é tudo igual em toda a parte, mas na altura não era.”
É poeta, ficcionista, ensaísta e critico literário, com trabalho que conta no panorama contemporâneo. É também colunista na revista LER e faz crítica na Sábado. Publicou 10 livros de poesía, o romance Cidade Proibída e muito recentemente o livro de viagens Cadernos Italianos.
Eduardo Pitta vai estar na Casa da Cultura, em Setúbal, na próxima sexta-feira, dia 28. O actor José Nobre participará lendo textos deste Um Rapaz a Arder e ainda alguns poemas do escritor. O escritor e crítico literárioAntonio Ganhão - PNET LIteratura, fará as perguntas que entender e tratará de moderar a conversa com os presentes.
O autor convidado escolhe uma peça musical para ser ouvida no início da sessão.
Convidados. Apareçam.

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sexta-feira, 21 de junho de 2013

I'M THE KING OF THE WORLD | Já enjoa, mas insiste. Estes cromos nunca querem ficar sós nos naufrágios. Arrastam organizações políticas inteiras com eles. Não estou nada preocupado com a vida do PPD/PSD. Pode afundar-se à vontade. Mas é no mínimo estranho vermos como um partido dito social-democrata, com pretensões - e proveito - a ser governo, alinha com estes desastrados e desastrosos projectos pessoais. A cada um o seu Titanic.
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quinta-feira, 20 de junho de 2013

AS PEQUENAS HISTÓRIAS DA GRANDE HISTÓRIA | Tem sido sempre assim. Primeiro dizem que está tudo num reboliço. Que não há meio de se acertarem as contas. Que há uns privilegiados a viver à conta do orçamento. Que o Estado protege excessivamente a cultura. Que o país não aguenta a boa vida dos seus habitantes. Que afinal o capitalismo popular não existe - foi uma coisa metida indevidamente na cabeça do povo. Que os bancos emprestaram dinheiro à toa e que eles não têm nada a ver com isso.
Vamos lá pôr a casa em ordem. Como se um país fosse uma casa de família. Como se uma família cobrasse impostos e tivesse ajudas de custo. Depois do leite azedo derramado pedem contenção. Fazem um pequeno aumento de impostos. Classificam greves como justas mas irrealistas. Fazem um enorme aumento de impostos. Ameaçam com a insegurança da Segurança Social. Ameaçam jornalistas desalinhados. Processam-nos. Classificam as greves como injustas e prejudiciais. Mandam agredir em nome da estabilidade. Prendem e julgam quem diz o que toda a gente diz ou tem vontade de dizer. Ameaçam alterar leis que não lhes dão jeito nenhum. Esclarecem que o desemprego galopante é coisa de somenos: previsto para as correcções em curso. Colocam uns comentaristas de serviço nas televisões e nos jornais a falar das fatais inevitabilidades.
Acabam por pedir contas à democracia. Largam uns macacos no Parlamento para questionarem a utilidade do próprio sistema democrático. Despedem a política. Admitem a contabilidade como prioridade do Estado. Dispõem-se a proteger quem já tem tudo, nem que para isso seja preciso acabar com quem só tem a sua vida.
Quando algo assim começa a acontecer em catadupa, o que é que se pode chamar aos seus mentores? Fascistas, não?
Ah, pois, fascistas não. É excessivo.
Mas então o que é que se pode chamar a esta tropa de choque?

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OS MERDINHAS | O jovem que dirige a juventude do PPD/PSD gostava de saber quanto custa o sindicato dos professores à democracia. Os jovens que o seguem e que se sentam nas bancadas do redondel que custa um ror de massa à democracia, levantaram o bem comportado cú dos assentos e pediram a inquirição. Provavelmente querem reduzir a atribuição. Os professores terem voz faz uma certa impressão a tão reduzidas moleirinhas. A greve foi um grande porradão naquelas cabecinhas. E agora dá nisto.
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quarta-feira, 19 de junho de 2013

ESPUMA DOS DIAS | Hoje o meu dia vai ser assim.

terça-feira, 18 de junho de 2013

HOJE HÁ MIOLEIRA | Moita Flores, escritor de ler e deitar fora que se apresenta em Oeiras, propõe a restrição do tijolo. Parece que prefere miolos. Assinala-se a elegância literária da frase.
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A LUTA CONTINUA, MAS DE MANSINHO | Eu acho que o que falhou nesta contenda entre professores e governo foi um acerto de calendários. Crato devia ter proposto para período de greve aqueles dias antes do Natal. Ou da Páscoa, sei lá. Ficava uma coisa assim mais aconchegada. E para além de exprimir a justa luta dos professores, estimulava o convívio familiar. Ficavam todos a ganhar: alunos, professores, pais, primos, avós, o tareco e o farrusco. E ainda podiam dar prendas uns aos outros. Era tão fofinho... Podia ter pensado nisso, senhor doutor. Para a próxima não se esqueça.
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segunda-feira, 17 de junho de 2013

MUITO CÁ DE CASA | No próximo sábado, à noite, autores e apresentadores deste trabalho estarão à conversa na Casa da Cultura, em Setúbal. São histórias da História de Setúbal que estarão em causa. Uma boa causa para uma deslocação ao casarão da Cultura setubalense. Convidados.
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A EDUCAÇÃO DE CRATO | Crato não desilude, porque nunca iludiu. A escola dele é de um mundo que já não existe. O mundo do mestre escola prepotente e ameaçador. Há diferenças para melhor, é claro. Diferenças que esta espécie de inspectores escolares de meia-tijela gostariam que nunca tivessem acontecido. Crato alega a ameaça à estabilidade dos alunos. É? Então resolva a situação. Dava-lhe mais jeito uma greve em agosto, com os alunos em férias? Acontece que uma greve é feita para perturbar. Para fazer valer direitos. E esta é pelo direito ao trabalho. Simples. Os alunos perceberão isso um dia mais tarde. Os que ainda não perceberam.
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sábado, 15 de junho de 2013


ERRO E TRAMÓIA | Polícias prendem por ofensas ao Presidente. Juízes condenam de imediato, sendo de imediato anulada condenação pelo Ministério Público. O primeiro-ministro informa no parlamento que se uma lei não lhe convém, altera-se a lei. As marionetas eleitas nas listas dos partidos da maioria aplaudem energicamente. Diz ainda que aqui e ali se avistam sinais de recuperação económica - visão nitidamente desmentida pelos números oficiais. Governo afronta Tribunal Constitucional alterando data de pagamento do subsídio de férias a funcionários públicos. Ministro das Finanças diz que "não foi eleito coisa nenhuma", reagindo assim à completa negação das promessas eleitorais. Secretário de Estado Rosalino não quer saber de eleições já que está lá apenas para fazer umas continhas. Há acertos a fazer. A política que se lixe. E riem, riem muito, como se estivessem num circo rico e vistoso. Há um clima de constante atropelo e ameaça. Cavaco falou em tempos de uns limites. Mas agora encoraja esta tropa fandanga em nome da estabilidade. Deve ter sido com essa caneta que preencheu em tempos um formulário da PIDE. A egoísta estabilidade pessoal sempre iluminou o agora Presidente. São estes delinquentes que governam este desgraçado país. É assim a direita no poder - egoísta, ameaçadora e aparentemente imbecil. De facto, às vezes parecem parvos. Mas não são. Nada corre como anunciado e eles sabiam disso. Estão-se nas tintas para nós, para o país, para as novas gerações. São justiceiros de ocasião preocupados com a perpetuação das coisas velhas. O caminho está traçado. Tentarão percorrê-lo nem que passem por cima dos nossos cadáveres. É bom que desandem daqui para fora, antes que isso aconteça.
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sexta-feira, 14 de junho de 2013

MANUAL DE ENVERGONHAMENTO | As criaturas que se exibem nestes painéis eleitorais têm muito orgulho em ser candidatos pelo PPD/PSD. Só não o dizem assim às claras cá por coisas. Será que o PPD/PSD não vai pagar a campanha? Será que são candidaturas independentes? O cinismo é de borla e instantâneo. Basta juntar falta de vergonha.
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ESCLARECIMENTO | Informo que o visado é reformado pelo menos duas vezes. Logo este apelo não faz qualquer sentido. Respeitem as reformas de cada um.
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quinta-feira, 13 de junho de 2013

O BOM E O MAU LADRÃO | O juiz que condenou ao pagamento de mil e trezentos euros um perigoso criminoso que insultou indecorosamente o Presidente Cavaco com um violentíssimo "vai trabalhar", bem podia ser convocado para tratar do caso Oliveira e Costa e de outros simpáticos amigos de Cavaco. Era bom que a justiça começasse a ser mais célere. Este foi um excelente exemplo. Força senhor doutor juiz. Chegue-se à frente. A Justiça Portuguesa precisa de gente como o senhor.
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quarta-feira, 12 de junho de 2013

O ETERNO RETORNO DO FASCISMO | O que o capitalismo primário está a fazer ao mundo, com a ajuda ideológica do neoliberalismo, é o fim do mundo. São como os eunucos da canção de José Afonso: devoram-se a si mesmos. Para estes abutres não há humanismo nem humanidade. O que acontece na Grécia, na Turquia no Chipre e em Portugal, e um o pouco por todo o lado, são exercícios de aplicação de políticas de regresso ao fundo dos tempos. Não há respeito por nada nem por ninguém. A direita política não quer saber de adereços dispensáveis como cultura, informação, comunicação e pessoas. São empecilhos que atrapalham a economia. A política acabou. Ficou um exército de executores fiscais tão cruéis como os mais empedernidos fascistas. Os tempos que vivemos não são fascinantes, como muitos nos querem fazer crer. São perigosos. E muito, muito dramáticos. 
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OLHOS QUE NÃO VÊEM, CORAÇÃO QUE NÃO SENTE | Parece que foi por causa da troika que a televisão grega fechou. Por vontade da troika o mundo fechava. Ficavam cá eles, para galos de entrudo.
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terça-feira, 11 de junho de 2013

O TEMPO, ESSE GRANDE ESCULTOR | Yourcenar usou a frase como título para um livro notável e avisador. O tempo molda e corrige. Muitas vezes ultrapassa todas as previsões. É sereno e agreste. Daí haver o bom e o mau tempo. O tempo dá para muita coisa. Quando não sabemos o que dizer numa conversa de circunstância, falamos do tempo. Há um tempo para tudo. O ministro Gaspar, queixou-se em tempos de um desenho mal esgalhado. Agora queixa-se do tempo. O tempo tramou-lhe os planos na construção. Todos nós sabemos como é importante a construção em Portugal nos tempos que correm. Gaspar, o construtor, teve que guardar as ferramentas e esconder-se do mau tempo. O tempo, esse grande estupor. Não há tempo que aguente esta falta de engenho.
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sexta-feira, 7 de junho de 2013

RICARDO CRISTA | A exposição já abriu. A inauguração foi concorrida e interessada. Vai estar na Casa da Cultura até à primeira semana de Julho. Depois será José Nova o artista convidado. Vão aparecendo. Bom fim-de-semana
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quinta-feira, 6 de junho de 2013

ERROS HUMANOS | O FMI arrepende-se do que fez em outras intervenções. Admite erros graves. Em Portugal, os seus parceiros em funções no governo, insistem na bondade do memorando e nem lhes passa pela cabeça outro caminho. As empresas entram em falência? O desemprego alastra? O poder de consumo dos cidadãos é inexistente? Aguentem. Estamos a corrigir excessos. Não há outro caminho. E caminhamos. Cantando e rindo.
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quarta-feira, 5 de junho de 2013

FANTÁSTICO, MELGA | O fala-barato do retrato está em terapia de auto-elogio, na Amadora, junto de um grupo de pouco exigentes ouvidores. Há gente para tudo. Comemora dois anos no governo. As notícias televisivas confortam-nos: Portugal é mais credível, apesar do desemprego, da recessão e assim. Ou seja: vivemos no pais ideal para quem está lá fora. É tudo mais barato, ganhamos pouco e levamos um pontapé no cú logo que os rapazes da seita do fala-barato achem que somos excessivos. O fala-barato acha que tudo isto é extraordinário. E gaba-se. O fala-barato bem podia limpar as mãos à parede. Parabéns à prima.
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terça-feira, 4 de junho de 2013


segunda-feira, 3 de junho de 2013

NO ATELIÊ DO ARTISTA | António Jorge Gonçalves vai ter os seus desenhos expostos - Bem dita crise -, na Casa da Cultura, até à próxima quinta-feira. Sexta-feira abre nova exposição. Ricardo Crista mostra pinturas recentes. Assunto sério. Voltaremos a falar de Ricardo e do seu trabalho. Mas ficam para já avisados: estas pinturas são para ser vistas.
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domingo, 2 de junho de 2013

AS COISAS SÃO COMO SÃO | Há dois tipos de poetas: os que dominam a palavra de tal forma que nos mostram a outra forma das coisas, as cores do mundo, a água limpa, o desejo, o fim. E há Herberto Helder.
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sábado, 1 de junho de 2013




MALDADE HUMANA | O Muito cá de casa recebeu Pedro Almeida Vieira, para a apresentação do seu livro Crime e Castigo, o povo não é sereno, seguido de um debate sobre a pena de morte.
O moderador António Ganhão (colaborador literário do PNet Literatura), realçou a importância do romance histórico num país cuja história (sobretudo durante o Estado Novo) foi responsável por gerar toda uma série de mitos. O romance histórico ao contextualizar os factos históricos na sua época e, dentro de uma lógica temporal, não os submetendo à moral dos dias de hoje, transforma-se num grande desfazedor de mitos.
A jurista e escritora Alice Brito falou-nos da violência do estado que deve ser sempre balizada, sendo a Constituição o mais forte instrumento da limitação desse poder. Falou-nos de justiça e de como a pena de morte, sendo irreversível, não é solução para o combate ao crime.
Pedro Almeida Vieira deixou-nos a sua reflexão sobre a maldade humana e como, cedendo nós a um Estado que nos garante mais segurança à custa dos nossos direitos, estamos a caminhar para um retrocesso civilizacional.
Foi uma sessão participada não tendo havido lugar a castigos finais. Para os que faltaram, o maior castigo foi mesmo o de terem perdido o debate.

António Ganhão