O Governo convocou os jogadores de futebol para o grupo de normais cidadãos contribuintes. O sindicato dos homens da bola já ameaçou com greve. O argumento é o de que a vida na profissão é curta. Todos sabemos que, nos dias que correm, ninguém conta ter emprego para sempre. Se os futebolistas pensam não fazer nada na vida depois dos trinta e tais (idade em que arrumam as botas), somos nós (os que não vislumbramos a idade em que vamos arrumar o estojo do ofício), que vamos ter que pagar a existência de gente que se recusa a entrar no jogo? Os rapazolas da bola acham-se acima de todos nós.
Seria caricato, se não fosse vergonhoso.