quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Mais um

Novos métodos de ensino



Não há avaliação que agrade ao ex-professor do bigode que lidera os professores. As alcatifas do Ministério provocam-lhe alergia. O ex-professor do bigode está mortinho para saltar para o olho da rua. Aguardam-se as convocatórias, e os cartazes, e os panfletos, e os megafones, ou seja, a corriqueira parafernália promocional que convida os professores para a luta. É o sistema educativo português.
Veio para ficar.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

David Levine


As mais salientes figuras do século passado foram objecto do seu lápis. Grandes caricaturas. Singular caricaturista. Morreu hoje.
Morre, portanto, uma parte do século vinte.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Bom ano


Clique na imagem para ampliar.

16 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
Belíssimo livro de José Manuel Vilhena. Foi todo ele concebido com a ternura e alegria que as edições de autor convocam. Nem todas satisfazem estes preceitos, eu sei. Muitas são do piorzinho. Não é o caso desta. E não digo isto só porque o Zé Vilhena me chamou para tratar da edição. Digo-o porque é um belíssimo livro, ponto.

Aparecimentos | José Manuel Vilhena
Edição: Do autor: José Manuel Vilhena
Produto: Concepção global | Design e paginação.
Fontes tipográficas: Times.
Impressão: Corlito, Artes gráficas.
Setúbal | 1990.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

É pior a emenda...

Santana não desiste. E leva-se a sério. A sério!
O Eduardo Pitta também fala a sério. É ele que diz...
E o Zé Simões também.
E, já agora, o Daniel, que é o principal visado.
E eu acho que os gajos têm todos razão. Todos menos Santana, que não tem emenda. É como o soneto.

15 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
Esta editora foi por mim criada para publicar livros de amigos e similares. Por aqui passaram alguns dos meus mais influentes relacionamentos. Vamos a isso: Miguel de Castro foi o primeiro e último publicado. Depois vieram Luiz Pacheco, com O Teodolito, Alberto Vaz da Silva, com Ah!, João Carlos Chaínho com Asas de Fogo e Margarida Rios com Aroma. Ainda colaboraram, uns com prefácios e outros com ilustrações, António Mega Ferreira, David Mourão Ferreira, Jorge Molder e Luís Filipe Cunha. Eu fiz as ilustrações do livro de Miguel de Castro. Tenho saudades do Miguel.

Colecção Garça Branca | Estuário Publicações
Edição | Cliente: Estuário Publicações
Produto: Concepção global | Design e paginação.
Fontes tipográficas: Garamond.
Impressão: Corlito, Artes gráficas.
Setúbal | 1990.

domingo, 27 de dezembro de 2009

14 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
No início de 1990 iniciei colaboração com a editora Terramar. Estava ao leme o meu amigo Carlos Araújo. As capas para estas duas colecções foram parte dessa participação. De seus nomes: Aventura, saar - sociedade anónima de alto-risco, e Saber Viver.
Para a capa apresentada em primeiro plano, Homicídio no Campo, de Margery Allingham, utilizei um fotograma da adaptação do livro a uma série televisiva, produzida pela BBC, e realizada por Ronald Wilson. Para A Vida Sem Tranquilizantes fiz ilustração. Aí estão.

Homicídio no Campo | Margery Allingham
A Vida Sem Tranquilizantes | Dr. Vernon Coleman
Edição | Cliente: Terramar
Produto: Capa de livro.
Impressão: Manuel Barbosa & filhos, Lda.
Lisboa | 1990.

Confiança nas Instituições

Carlos Peixoto é deputado do PSD. Já sabíamos que qualquer um pode ser deputado. A vulgaridade preenche grande parte das cadeiras do recinto legislativo. Não precisavamos de mais demonstrações. Preferíamos que nos revelassem a excelência da Assembleia da República. Isto dispensamos.

Juízo procura-se

Como ninguém quer estar sozinho, apesar de às vezes ser o melhor, trago para aqui a opinião do meu amigo João Gonçalves sobre o "escritor" da televisão. E acrescento uma dica humorística: na promoção de umas "conversas com escritores" que passam na RTP-N, a voz off refere: "depois de estarem lado a lado nas livrarias" José Rodrigues dos Santos conversa com Martin Amis. Que comparação. Ridículo. Mas há quem vá na conversa. Há quem ache o homem da televisão um grande escritor. Os colegas da televisão, pelo que parece. Tenham juízo.

sábado, 26 de dezembro de 2009

13 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
Mais uma capa para o Circulo de Leitores. A famosa obra de Hemingway. A tradução foi assinada por Guilherme de Castilho. Fiz a capa antes de ler o livro. Não havia tempo. Era para amanhã de manhã. Explicaram-me a coisa e agora desenrasca-te. Saiu isto. Ok, até não estará mal, mas se a fizesse de novo, depois de ler o livro, não seria assim. Isso garanto.

O Jardim do Paraíso | Ernest Hemingway

Edição | Cliente:
Círculo de Leitores
Produto: Capa de livro.
Fontes tipográficas: Garamond.
Impressão: Printer Portuguesa.
Lisboa | Março de 1988.

E juízo?

José Rodrigues dos Santos ganhou um prémio literário atribuído pelo Clube Literário do Porto. Parece que este galardão privilegia a criatividade.
E o Clube Literário ganhou o quê?

Noticiário

O bispo vermelho e o bispo Morujão vão à televisão opinar sobre um casamento que não é o seu.
Bispos irlandeses são afastados por práticas pouco apreciáveis.
O Papa é atacado em plena celebração natalícia.
A Igreja precisa de se proteger de quem lhe quer mal. É normal.
E quem protege quem a Igreja ataca? A Justiça? Os cidadãos que discordam da Igreja?
Assim seja.

Espírito de Natal - Fim


O Natal já acabou?
E o espírito já passou?
Que bom.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Espírito de Natal

D. Manuel Martins, o bispo vermelho, lembram-se?, saiu da sacristia para emitir a sua opinião sobre um assunto que entende dizer-lhe respeito. O entendimento entre pessoas do mesmo sexo incomoda o senhor cura. E deixou tudo em pratos limpos. Sem papas na língua e com a delicadeza de quem acha que deve decretar, sugeriu aos políticos legisladores que "tenham juízo". Como se juízo fosse marca do seu colarinho.

12 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
Um grande trabalho de António Barreto sobre o Douro. Região que bem conhece. Nasceu por lá e lá se fez gente antes de rumar para os locais que o tornaram o vulto da Sociologia que hoje se lhe reconhece. Entretanto esteve exilado, doutorou-se, foi governante e agora analisa governos. Este Douro foi escrito depois de Barreto ter ocupado o lugar de Ministro da Agricultura. As fotografias de Maurício Abreu mostram-nos o ambiente da região no nosso tempo. Biel e Alvão recordam outras vivências. Eu arrumei isto tudo. O livro já foi reeditado várias vezes.

Douro

Edição | Cliente: Edições Inapa.
Autores: António Barreto (texto). Emílio Biel, Alvão e Maurício Abreu (fotografias).
Traduções: Pamela Pinheiro (Língua inlesa). Monique Rutler (Língua francesa).
Produto: Livro. Concepção e paginação.
182 páginas.
Fontes tipográficas: Garamond
Impressão: Reproscan (pré-impressaão), Printer (impressaõ e acabamento).
Lisboa | Março de 1993.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Valeu a pena?


Manuel Medeiros sempre andou à volta dos livros. Experimentou a escrita, mas resolveu encetar outro caminho: dedicar-se à escrita dos outros. Anda nisto há um ror de anos. Agora resolveu dar testemunho desta entrega através de um livro a que chamou Papel a Mais. Tem poesia, ensaio e textos que denunciam um percurso. Mas também há participações de amigos. Gente que foi cúmplice na aventura militante de dar a conhecer livros e literaturas. Um provérbio sexista assegura que “Atrás de um grande homem está sempre uma grande mulher”. Deixemo-nos disso. Mas é verdade que Manuel teve a seu lado uma mulher que o apoiou e a quem ele muito deve, e sabe disso. É por isso mesmo que ele refere a intimidade com Fátima, sua mulher e grande apoio na dinamização da livraria que dirigem há muito tempo em Setúbal: Acontece que a Fátima não está atrás. Está ao lado e muitas vezes à frente. Duas vidas dedicadas a uma causa difícil: a promoção da leitura. Difícil mas que compensa, parece-me. Pelo menos foi o que ele escreveu na dedicatória do livro que eu trouxe para casa. A palavras tantas diz: Caro Teófilo, se os caminhos de Setúbal fazem sentido é por neles nos encontrarmos e o que aqui fica é só a conclusão: VALEU A PENA. Estamos de acordo também por nós dois, creio bem.
E perguntou-me em voz alta: estás de acordo? Claro. Então não valeu?! Vale sempre. Quem passa pela vida sem se aperceber que os livros existem nem sabe o que perde. Manuel Medeiros sabe bem o que tem ganho. A prova está neste Papel a Mais.

Que farei quando tudo arde


Ardeu o prédio que guardava a cave onde funcionava a sala de concertos do Hot Clube.
Uma grande perda.
E uma merda.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

11 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
Este livro/album é uma história muito bem contada do Mosteiro dos Jerónimos. O autor, Jorge Muchagato, dá-nos aqui uma versão romanceada de todos os envolvimentos que permitiram a construção do Mosteiro, assim como as histórias em que foi embrulhado com o decorrer dos tempos. Uma boa edição das Edições Inapa. Foi em 1997.

Jerónimos | Memória e Lugar do Real Mosteiro
Edição | Cliente: Edições Inapa
.
Autores: Jorge Muchagato (texto). Nicolas Sapieha (fotografias).
Produto: Livro. Concepção e paginação.
176 páginas.
Fontes tipográficas: Garamond
Impressão: Textype | SIG.
Lisboa | Junho de 1997.

Resposta a Sofia


A Sofia Loureiro dos Santos, do Defender o Quadrado, faz-me um desafio: revelar aqui as leituras que não me fizeram grande mossa. Ora, o que não me aqueceu nem arrefeceu também não fez história. Logo não tenho muito para contar. Autores que em determinada altura pensei terem-me operado mudanças, verifiquei mais tarde que afinal me tinham deixado na mesma. Eram lérias para entreter adolescentes. Não contam. Ressalvo aqui algumas excepções, como todo o Borges, Camus, Vergilio Ferreira, Fernando Pessoa, Nabokov, D. H. Lawrence ou Lawrence Durrell, ou, mais recentemente, Roberto Bolaño. Mas estes são os que gosto. E muitos mais há. O que é irrelevante não me lembro. O que não gosto não chego a ler. Não me passa pela cabeça encetar um livro de Paulo Coelho, Harold Robbins ou José Rodrigues dos Santos ou qualquer outro best-seller de supermercado. Deus me livre. Um beijo para a Sofia.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

10 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
Literatura universal. Colecção que reuniu alguns dos mais importantes escritores do século passado. A edição foi do Circulo de Leitores. Apresentei soluções gráficas para todas as capas. Para além das representadas na imagem, também foram encapadas obras de Boris Vian, "Outono em Pequim", Mikhail Bulgakov, "Margarita e o Mestre", V. S. Naipaul, "A Curva do Rio", Somerset Maugham, "Servidão Humana", D. H. Lawrence, "Mulheres Apaixonadas, Alain Fournier, "O Grande Meaulnes" e Alfred Döblin, "Berlim Alexanderplatz". Parada alta, não acham? Isto aconteceu em 1990. Nesta altura também dirigia graficamente a revista Ler. Falarei dessa etapa proximamente.

Literatura | Grandes autores
Edição | Cliente: Circulo de Leitores
.
Produto: Capa de livro.
Impressão: Resopal.
Lisboa | 1990.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Parabéns aos noivos


O João Gonçalves pergunta-me o que é que eu penso da classificação atribuida ao meu colega Ricardo Mealha no Público, que, segundo ele, é apresentado como "maravilhoso e praticamente único designer nacional". Não classifico e não penso nada, meu caro João. O que penso do casamento entre pessoas do mesmo sexo está dito e redito. Nada tenho a dizer sobre festivais de folclore. Mas cada um é como cada qual. Parabéns aos noivos.

Até que a morte os separe

Já não há paciência para o incómodo causado pela possibilidade de casamento entre pessoas do mesmo sexo. Sucedem-se as opiniões: directas e por outras palavras. Cavaco escolheu palavras ao lado. Aliás, Cavaco dispara muitas vezes para o lado. Todos os outros intrometidos que acham que devem decidir sobre a vida dos outros, insistem no referendo. E juntam-se em uniões improváveis até que a morte os separe. São os casamentos de conveniência contra os casamentos de quem se ama e quer os seus direitos. Dar voz a homofóbicos ressabiados é fazer o jogo de outras fobias. Se lhes der-mos corda nunca mais param.

Santa aliança

O Presidente da República prefere outras prioridades. O casamento entre quem sendo do mesmo sexo se quer casar, não faz parte das suas maiores preocupações. E disse-o, alto e bom som, sem as habituais recusas em fazer declarações. Opinião pouco inocente, diz Sérgio Sousa Pinto. Ao contrário de Jerónimo de Sousa que acha a opinião de Sérgio exagero socialista. O "anti-socialismo primário" de Jerónimo permite que alinhe nos enleios de Cavaco. Ou provavelmente foi acordo entre o líder comunista e o Arcebispo Ortiga, que em declarações às televisões sugeriu que o governo voltasse atrás na aplicação da nova lei. Aqui há uns tempos Jerónimo adorou encontrar-se com o homem forte dos católicos de Braga. Estas alianças são para ficar. São as santas alianças.

sábado, 19 de dezembro de 2009

O caminho da verdade

Pedro Santana Lopes quer acelerar as coisas. Propõe congresso para o mais cedo possível. Tudo leva a crer que quer a liderança. Aquilo parece estar cada vez mais longe de se endireitar. Com Santana nada tem rumo. Só desarrumo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Dá-te asas

Anda aí grande alarido por causa de um tal festival Red Bull. Até o prestigiado intelectual Pacheco Pereira anda preocupado com a coisa. Ontem, na Quadratura do Circulo, acusou António Costa de algo ter feito para passar o evento do Porto para Lisboa. Costa quase se passou mas explicou tudo muito bem explicadinho. Foram os homens da Red Bull que quiseram passar a festa para a capital. Um dirigente regional do PSD vai pedir explicações ao primeiro-ministro sobre esta grande prioridade nacional. Está tudo doido? Balsemão anda preocupado com a possibilidade de o PSD estar à beira do fim. Já tem alternativa para ocupar a malta do partido: Que tal transformar-se em empresa de organização de eventos? Têm jeito.

Refeitório



Clique na imagem para ampliar.

Simpsons - 20 anos


Há vinte anos que esta típica família americana habita os aparelhos televisivos. Mas surpreende-nos em cada episódio. Muito do que se passa no mundo passa por lá. A ver e rever por muitos anos mais.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Receituário


Clique na imagem para ampliar.

Sismo

Há muito que isto não anda grande coisa. Agora parece que tremeu mesmo. Esperemos que não caia.

Receituário


Clique na imagem para ampliar.

Receituário


Trabalho concebido e desenvolvido na DDLX.
Clique na imagem para ampliar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

9 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
Em maré de música, dão à costa os Piratas do silêncio. São os herdeiros de um grupo musical com merecido sucesso - Disto & Daquilo. Este trabalho representa uma viragem feliz, mas tenho a sensação que ficou por aqui. Eis o registo. Eu gostei de fazer o embrulho. Foi usada uma gravura antiga, a bico de pena, que representa o labor no tempo dos descobrimentos. Nesta altura só se falava de Descobrimentos. Estávamos em comemorações. Eu descobri esta belíssima música. E também aprendi muito sobre os Descobrimentos Portugueses. Aprende-se sempre.

Piratas do Silêncio | Entre Marés
Edição | Cliente: BMG Portugal.

Autor: Piratas do Silêncio. Com Teresa Marques, acordeão e coros; Cristovão Martinho, sax soprano; Francisco Santana, teclados; Carlos Sequeira, guitarras; Filipe Martins, baixo eléctrico e contrabaixo; Rui Rosado, bateria.

Produto: CD e vinil.
Lisboa | 1997.

Regionalizanão

Concordo em absoluto com o João Gonçalves. E percebo os regionalistas. Era uma maneira eficaz de se distribuirem uns lugarzitos sem grandes abalos. Regionalização não muito obrigado.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Medina ao poder

Chovem os convites, no facebook, para que o pessoal adira a umas coisas estranhas: ele é apoiantes, ele é admiradores e até há um sítio que pede Medina Carreira para primeiro-ministro. Nunca apreciei a personagem. E, já agora, e à laia de fofoca, uma vez houve em que me cruzei com a criatura num restaurante. Eu tinha marcado mesa. Ele não. O comportamento foi de ostentado desprezo pelo pessoal da casa. O homem porta-se como se a sociedade inteira o tivesse de aturar. Isto não tem a menor importância, mas revela um carácter simultâneamente arrogante e mesquinho. Fiquemos por aqui, que isto não é um blogue cor-de-rosa. O que importa é o que o tal Medina debita nas audiências em forma de opinião justiceira. Como se ele fosse uma espécie de Robin dos Bosques de Campo de Ourique.
Agora a sério: se não fosse o estrago que iria causar, gostava de ver o "génio" Medina Carreira a mandar nisto tudo. E depois ficava a ver a reacção dos apoiantes. Ou por outra: dos ex-apoiantes. Tenham juízo.

8 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
Em 1992 foi publicada uma fotobiografia de Amália. Uma vida em imagens. Vitor Pavão dos Santos, então director do Museu do Teatro, foi o responsável pelo texto. As fotografias pertenciam ao espólio do Museu e outras à própria Amália. Outras ainda foram da responsabilidade de Augusto Cabrita, que fez a imagem utilizada na capa. Eu limitei-me a reunir todo o material e a distribui-lo de novo no formato de livro. Depois foram feitas várias reedições. Um sucesso.

Amália | Uma estranha forma de vida
Edição | Cliente: Editorial Verbo.

Autor: Vitor Pavão dos Santos
Produto: Livro. Fotobiografia.
240 páginas.
Lisboa | 1992.

Receituário


Clique na imagem para ampliar.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Fracassaram, que bom!

Castro II decreta fracasso da cimeira de Copenhaga. É bonito ver um dirigente de uma democracia de sucesso perceber o fracasso dos outros. Dos outros todos que se esforçam por fazer alguma coisa de útil. Esta cimeira é uma esperança para o futuro da nossa qualidade de vida. Mas isso não tem qualquer valor para os valores de Castro II.
Sobre a democracia de sucesso, gostei de ler o Tomás Vasques, no Hoje há Conquilhas.

domingo, 13 de dezembro de 2009

7 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
A EMI comemorou assim os 50 anos de vida artística de Amália. David Ferreira e Fátima Rolo Duarte convidaram-me para "embrulhar" a reedição de uma significativa parte da obra. Foram feitos CDs e albúns para as gravações em vinil. As fotografias aí em cima dão uma ideia da coisa.

Amália | 50 anos
Edição | Cliente: EMI |Valentim de Carvalho.

Produto: Caixa com 8 CDs. 8 edições em vinil.
Lisboa | 1989.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O Prémio do Bispo


Acredito que D. Manuel Clemente trabalha esforçadamente por aquilo em que acredita. Não duvido que é culto e inteligente e que não vira a cara à pobreza e às humilhações de quem não tem voz. Manuel Clemente tem cara de boa pessoa. Mas recebe o Prémio Pessoa porquê? Onde é que está a obra cultural, científica ou artística que os estatutos do prémio exigem? Não seria melhor alterarem as regras? Assim até podiam dar o Prémio a quem dá milho aos pombos.
Herberto Helder foi até agora o único contemplado que fez a desfeita de recusar. Parecia que estava a adivinhar.
Seja como for... parabéns ao bispo. E à sua Igreja, já que este reconhecimento não escondeu esse envolvimento. O proselitismo religioso é a única actividade "artística" conhecida ao premiado.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Caridade


Dar aos idosos 80 euros é um ultraje e um insulto porque eles, diabéticos, vão beber cerveja e comer doces e serão roubados pelos filhos. Maria José Nogueira Pinto sobre o Complemento Solidário para os Idosos.

A agora deputada do PPD/PSD é uma porreira. Como estamos no Natal, escolheu um palhaço para animar o Parlamento. Está certo - circo é circo, e não há circo sem palhaços. É conhecida a noção de caridade e respeito pelos mais fracos da deputada laranja. Os seus colegas parlamentares estavam mesmo a precisar desta festa de época.
A deputada do PPD/PSD junta-se assim ao seu colega José Eduardo Martins na maneira de tratar os colegas.
Há ali um à-vontade que lhes fica bem e que lhes agradecemos com consideração e ternura.
Vocês são uns queridos. Como a malta gosta de vocês, pá!
Deus vos abençoe.

6 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
Campanha realizada para promoção do Festival do Mar, em Sesimbra. Foram feitos cartazes, postais e folhetos com programa das festividades. Corria o ano de 1988.

Festival do Mar | Sesimbra
Edição | Cliente: Câmara Municipal de Sesimbra | Região de Turismo de Setúbal

Produto: Cartaz, postais, programas.
Fontes tipográficas: Gill Sans Black
Impressão: Corlito, artes gráficas.
Sesimbra | Maio de 1988.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

5 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
Uma das muitas capas que concebi, no final dos anos oitenta, do século passado, para o Círculo de Leitores. Este "Nocturno" foi um privilégio: Tinha acabado de conhecer o trabalho do autor e esse conhecimento foi uma boa surpresa. O reconhecimento e admiração por Tabucchi duram até hoje.

Nocturno Indiano | Antonio Tabucchi

Edição | Cliente:
Círculo de Leitores
Produto: Capa de livro.
Fontes tipográficas: Garamond.
Impressão: Printer Portuguesa.
Lisboa | Junho de 1988.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Monocle


É a minha entretenga preferida actualmente. Concebida em Londres, distribui-se por todo o mundo. Deve ser consumida por quem quer melhorar os seus dias. Até tem lojas próprias, em Londres e Los Angeles. Um bocadinho fora de mão, claro, mas fica o aviso. Sofisticação e contemporaneidade, mas também preocupações ambientais e reconhecimento pela tradição, são os ingredientes escolhidos pelos editores. Está à venda o número de Dezembro 2009 / Janeiro 2010. Se ainda não conhecem, experimentem. Vão ver...
www.monocle.com

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mário Soares - 85 anos


Parabéns.

Promoção de aparições

O Presidente de todos os portugueses vai aparecer, ao que parece em todas as horas, ao lado do responsável máximo por uma grande religião do mundo, na sua deslocação ao país das aparições milagrosas. Vem comemorar as aparições de Fátima. Não se percebeu se, outro líder, de outra grande religião, agendar uma deslocação, terá igual acompanhamento. Enfim, laicismo lançado às urtigas, resta-nos acompanhar as aparições agendadas. O líder do Vaticano vai aparecer em Maio. Muita água límpida correrá nos rios, e muita roupa suja será lavada até lá. Mas Maio é também o mês em que Manuela Ferreira Leite se recanditará ou não ao lugar de líder do PPD/PSD. Que milagre se seguirá?

sábado, 5 de dezembro de 2009

Responsabilidade

Manuela Ferreira Leite dizer que o povo português deve ter conhecimento do conteúdo das escutas das conversas entre seja quem for, é de bradar aos céus. Escutar, perseguir e fazer disso argumento político é atitude em democracia? Esta senhora é responsável pela liderança de um partido democrático? Ou será que ainda ninguém lhe disse que houve uma alteração de regime há mais de trinta e cinco anos?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Refeitório


Clique na imagem para ampliar.

4 - Arquivo


Trabalhos concebidos entre 1985 e 2009. Direcção de imagem da minha responsabilidade.
Trabalho desenvolvido para a Feira do Livro Português na Guiné Bissau. Editado pelo Instituto Português do Livro e da Leitura (actual Instituto Português do Livro e das Bibliotecas), na altura dirigido por José Afonso Furtado.

V Feira do Livro Português
Edição | Cliente:
Instituto Português do Livro e da Leitura
Produto: Cartaz, postal e sebenta.
Lisboa | Guiné Bissau. 1990.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Pobres e burros

Um jornal gratuito noticiava hoje na primeira página a falta de formação, competência e educação dos portugueses. Percebe-se que é isso mesmo que falta quando a classe política discute os problemas nacionais acusando-se à desgarrada de faltas de carácter e de vigarices de se esconder a carteira, como se isso fosse suposto ao invés da discussão séria e educada. Depois também temos o pobre povo. Pobre e burro que, perante casos graves de acusações de corrupção, ornamenta logo o prolixo imaginário de anedotas sem graça.
O caso que agora arrastou Armando Vara para a lama é claro. Independentemente da ausência de provas que o acusem, o povo, que não lê jornais e na televisão só vê concursos, ilustra o calvário do homem com a sua delirante e alegre imaginação. É preciso arrasar. São todos iguais. Para baixo é que é caminho. Por outro lado, corruptos comprovados são votados e eleitos.
Não são as desconfianças e acusações que estão em causa. Não tenho encomenda de Vara para a limpeza do seu nome, nem ele precisa deste breve post para nada. Mas, o rol de piadas em redor deste caso que inundam as caixas de correio electrónico e animam as conversas de tasca, são de perder a paciência. O bom povo português diverte-se à grande com a desgraça dos outros. A anedota é o seu maior esforço intelectual. Na classe política também temos cromos que bem podem ir conviver para o recinto da anedota. As declarações da dirigente máxima do PPD/PSD andam lá perto. Portugal arrisca-se a não passar de uma anedota. A mediocridade é bandeira.
António barreto será catastrofista, mas tem razão em muitas das suas preocupações. Portugal não deixará de existir, mas existe mal. Muito mal mesmo.

Nino Rota


Nino Rota completaria hoje noventa e oito anos. Não completa. Já por cá não anda há algum tempo. Mas deixou músicas que ficaram. Isso é bom para nós, que hoje o recordamos e celebramos. Viva Nino Rota.

Acontecimento musical do ano


Não sei se será o grande acontecimento do ano, mas de certeza que anda lá próximo.
Tom Waits andou por aí e reuniu tudo aqui, nesta fabulosa gravação que é de ouvir e repetir.
Estou em festa.

Receituário



Clique na imagem para ampliar.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ary e a poesia


Nunca encontrei o mínimo interesse na poesia de Ary dos Santos. A rima óbvia e o panfleto ocasional nunca me comoveram. As entrevistas e as opiniões do poeta sempre se inscreveram em convicções a milhas das minhas. Muitas vezes eram irritantes. Fez muitas letras para festivais e declamou versos em delirante gritaria. Percebo que quem goste desses festejos o recorde com saudade. Respeito a recordação. Mas chamar a esses enleios grande poesia parece-me excessivo. De qualquer forma desejo que tudo corra bem. É bom recordar os amigos.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Os homens do presidente



O dono de Itália pôs o presidente do seu Senado a exigir, em tribunal, uma exorbitância a Antonio Tabucchi. O crime do escritor foi ter opinião. Essa opinião, publicado no “L’Unitá”, não condiz com a dos senhores de Itália. Daí o castigo. E que castigo: 1,3 milhões de euros.
O jornal “Le Monde”considera que este processo «ilustra a violência das relações entre o poder e a imprensa» e reagiu com uma petição para fazer qualquer coisa pela situação do escritor.
Está aqui: assine, se quiser.