quarta-feira, 30 de abril de 2025

O tempo dos vigaristas de bairro

Parece que o vigarista de bairro adoptou o estilo do fascista Ventura e desatou na verborreia eleitoral passando por cima de perguntas dos jornalistas.

O vigarista de bairro domina e elimina perguntas não respondendo. O vigarista de bairro é um cínico pantomineiro. Mas palavroso, é claro. Os vigaristas são assim. Os de bairro e os outros - os que são políticos de direita. Mas parece que é disto que o eleitorado maioritariamente gosta. Todas as sondagens prometem o pior: vamos ter um vigarista a envergonhar-nos na governação do país. Os eleitores que nesta gente vota não querem saber do cinismo e da farronquice. As percepções são evidências. O vigarista de bairro sabe falar aos incautos. Os incautos percebem a vigarice mas põem isso para trás das costas, aliás, gostavam de ser assim - eficazes vigaristas. Vigarista é vigarista. Teme-se o pior.

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Grafismos em liberdade

GRÂNDOLA. 3 MAIO, SÁBADO. 18:30 - Debate GRAFISMOS EM LIBERDADE.

Participações de José Pacheco Pereira, Ana Nogueira e Jorge Silva. Moderação de José Teófilo Duarte.

facebook

domingo, 27 de abril de 2025

DA ALEGRIA DE ESTARMOS JUNTOS | Saímos à rua porque vivemos em Liberdade. Saímos sempre à rua no dia em que a comemoramos, porque foi nesse dia de abril que voltámos a viver em Liberdade. Fomos muitos e ficámos felizes por estarmos ali, todos juntos. É sempre bom o reencontro.

DO ÓDIO E DOS SEUS PRATICANTES | De outro lado surgiu o ódio. Fascistas infiltrados agrediram pelas jovens que comemoravam a felicidade de vivermos em Liberdade. O nazi histórico diz que foi a esquerda que provocou. As imagens desmentiram o nazi. O neofascista Ventura veio defender a liberdade de os fascistas se manifestarem, exibindo a arrogância e a postura alarve que o caracterizam. Mas também um jornalista da SIC veio "informar" que as provocações foram de parte a parte, apesar de as próprias imagens da estação televisiva/esgoto mostrarem o contrário. O imbecil perguntou logo de seguida a um manifestante, que simpaticamente lhe queria oferecer uma ginginha, se "ainda valia a pena comemorar esta data". Também já há jornalistas "imparciais" nas televisões/esgoto.
CONTRA OS FASCISTAS, SEMPRE! | Estes nazis já saem à rua, gritam por Salazar fazendo a saudação nazi, e têm um porta-voz pantomineiro, que tem voz porque até já tem uma taberna medieval instalada no lado extremo direito da Assembleia da República. Há uns dias, uma jornalista da SIC que entrevistou Pedro Nuno Santos em tom de inquérito, deu depois voz ao pantomineiro Ventura, permitindo o início da campanha eleitoral do energúmeno. É claro que há outra imprensa. É claro que o jornalismo honesto faz falta para a denúncia, mas esta ideia do "são todos iguais", aplicado nos noticiários que nos fornecem, são a apologia do fracasso da democracia. A extrema-direita fascista já tem voz no parlamento, nos meios de comunicação social e nas ruas. Estão em todo o lado. São intolerantes, agressivamente repugnantes, mas existem. É tempo de nos preocuparmos. Os fascistas não se respeitam. Combatem-se. Sempre. 25 de Abril, SEMPRE.

sábado, 26 de abril de 2025

As palavras

As palavras de José Afonso mudaram a minha vida. A música ajudou, mas foram as palavras com mensagem escondida que me revelaram "que não há só gaivotas em terra, quando um homem se põe a pensar". Fizeram-me pensar. Mostraram-me outros fumos, outras maneiras de olhar para o mundo.

O mundo passou a ser já ali. Sofisticaram-me o gosto. Puseram-me a olhar para a música feita em Portugal. Nem tudo era serôdio e triste, como até aí. Havia esperança. José Afonso ainda é a voz da esperança. A sua música é intemporal. E genial.

Somos muitos

Ontem fomos muitos. Enchemos praças e avenidas. Estamos todos juntos. Somos muitos mais do que eles. Seremos mais ainda. Os fascistas da extrema-direita que saem para as ruas e os que vegetam no Parlamento serão derrotados. Ontem foi um dia lindo. Mais e melhores dias virão. O fascismo não passará.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

facebook


Terra da fraternidade


MÚSICA DE ABRIL | Que se lixem os arautos situacionistas de carreira. Abril também serviu para abrir olhos e ouvidos. A música manhosa das brincadeiras sexistas dos Toys, Carreiras, Rosinhas e outros sonoros brinquedos estragados, que vão produzir gargarejos para as festas da sargeta infecta.


A nossa música é outra. Os nossos sons são os da surpresa artística e da dignidade intelectual. Sem plágios e sem estribilhos alarves.

O 25 de abril para mim é assim. Sempre!

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Debate entre direitas

TABERNA EM "BAR ABERTO" |Montenegro e Ventura discutiram na taberna. O Serviço Nacional de Saúde foi tambor da festa. Tem a sua graça vermos duas criaturas que pertencem ou pertenceram — não esquecer nunca de onde saiu o líder fascista — a um partido que rejeitou convictamente o Serviço Nacional de Saúde, votando contra no parlamento, defenderem agora o que tanto desprezaram. Meus senhores (peço desculpa se ofendo os verdadeiros senhores), sois uma doença da política. Não há saúde que vos dê decência. Ainda não existe antídoto para a cretinice política. Montenegro e Ventura sofrem de doença crónica. Tratem-se.

Dialogar com Pedro Chorão

Surpreendente e excelente, esta pintura que Pedro Chorão escolheu para divulgar a sua exposição na Sá da Costa. Chamou à mostra "Diálogos sensíveis". Título cauteloso, mas provavelmente assertivo. A pintura de Pedro Chorão estimula o diálogo porque abraça a natureza que existe na imaginação do artista, mas que ele nos permite o prazer de a podermos olhar, e ver, e sentir. Os trabalhos que vão ser mostrados acabaram de sair das mãos do artista. Os pincéis e as trinchas foram agora postos em descanso. Trabalhos recentes que revelam as mais recentes preocupações do seu autor. A exposição abre dia 30 deste mês, lá para o fim da tarde. Faltar não é crime nem pecado, mas eu só faltaria se o céu me caísse em cima da cabeça. São sempre um prazer, estes diálogos com Pedro Chorão.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Francisco

É justo homenagear um homem que muito fez para mudar a instituição que dirigiu. Mudou funcionamentos internos. Foi diferente de todos os seus antecessores. Declarou-se sempre contra guerras, certo, mas isso é o que se espera de um Papa. Mas Francisco foi mais longe: também reconheceu a Palestina, e foi tolerante para com as minorias que os fascistas desprezam. E isso nunca foi feito por nenhum dos anteriores ocupantes da cadeira papal. Como não sou crente, não sei o que dizer mais. Junto-me ao coro de não-crentes que reconhecem a bondade e inteligência deste homem. Não concordei com tudo o que disse, mas isso não importa para nada neste momento. Homenageio o homem bom e justo.
Recordo o que o fascista Ventura disse quando vociferou que Francisco prestava "um mau serviço ao Cristianismo". Dizem-me que agora veio lamentar esta morte. Quem precisa dos lamentos hipócritas de fascistas sem vergonha?

sábado, 19 de abril de 2025

Política Unipessoal, Lda.

Dêem uma oportunidade ao fascista. Eis o programa: nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca, nheca-nheca....

Há sempre alguém que resiste

Um homem com 78 anos aposta em dar cabo do mundo. Começa por tramar os seus cidadãos, para engrandecer os seus negócios e os negócios dos seus pares. Trump entrou em delirante ajustamento capitalista. Como cretino que é, provavelmente nem percebe o buraco em que se está a enfiar.

Mas um homem de 83 anos está a fazer frente à deriva delirante. Bernie Sanders não se cansa de alertar para o atentado à democracia que Trump executa diariamente. Trump fez campanha durante os quatro anos em que esteve fora da Casa Branca. Encheu estádios todos os fins de semana. Agora é Bernie Sanders que fala a multidões e está a fazer crescer um movimento de resistência aos fascistas que ocuparam a administração federal. Alexandria Ocasio-Cortez dinamiza com inteligência e rigor este movimento. Também há governadores de estados a processar Trump em tentativa de correcção dos atropelos cometidos pelo estropício. Velhos, novos e muito novos resistem. O idadismo não é empecilho para a defesa das boas ideias. As boas ideias servem para combater o mofo mental que agora surge como o "maravilhoso" e "lindo", segundo a linguagem básica de Trump.
"Há sempre alguém que resiste", disse Manuel Alegre. "seremos muitos, Seremos alguém", adiantou José Afonso. Há sempre alguém que reage à infâmia. Não passarão. Viva Bernie Sanders. Viva Alexandria Ocasio-Cortez. Viva toda a gente que enfrenta a besta.

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Livros, e mais livros

Apesar dos Trumps, dos Musks, dos Venturas e de tantos outros execráveis cretinos que nos infernizam a vida, nós continuamos a publicar, ler e discutir o que é escrito e publicado em livro. Os livros, esses objectos de prazer tão distantes dos monitores do conforto passageiro, e tão desprezados pelos aspirantes a ajustadores/ditadores acima mencionados.

O José Xavier Ezequiel tem ideias e tem esta mania de as passar para o papel. Agora escreveu este ALTERMUNDO e convidou o Rui Silvares para o ilustrar. O livro foi publicado e o José Xavier convidou-me a mim para ir para a Casa do Comum dar ao badalo. E eu, muito bem mandado, lá vou. Bem, vou porque fiquei contente por ele me ter convidado e porque gostei do que li. O resto é — ou por outra: vai ser — conversa.
Até lá.

O direito à surpresa

Álvaro de la Vega expõe em Setúbal obras que são espoleta para um bom entendimento da inteligência visual. Estas esculturas nascem da natureza, mas pela vontade do escultor. São testemunhos matéricos de uma nova maneira de olhar a transformação da natureza em Arte. Talvez causem surpresa, mas isso é o cimento que molda a expressão estética que o artista encontrou para se exprimir. 

Peças únicas, desenvolvidas de maneira única, não pela técnica (o que será isso?), mas sim pela competência intelectual. A estrutura que as define tem a autenticidade da matéria. A matéria vale muito para o escultor. É a vedeta da mostra. Assume as imperfeições e o tempo. As imperfeições do tempo, corrijo. Estas obras são esculpidas em parceira com a natureza de onde brotam. Parece que houve ali um acordo entre Álvaro de la Vega e a floresta. Um acordo secreto que depois se revela em respeito mútuo. Isso percebe-se muito bem.

Esta exposição em Setúbal é um privilégio. É um gosto muito grande passear por entre estes objectos incrivelmente belos e, por outro lado, mostrados com a exigência do inacabado. Sem complexos de agradar ao gosto malcriado. Estamos todos em movimento. Olhamos o mundo e as suas transformações com espanto. A obra nunca está acabada. O que acaba primeiro é a nossa vontade de olhar e ver. E sentir, já agora. Vamos aproveitar enquanto temos esta vontade assistida por uma curiosidade que nos fornece a tal surpresa. Devia haver uma lei que permitisse o direito à surpresa. E a arte teria a obrigação de fazer por responder a esse direito. Esta exposição figura entre o melhor que se pode olhar na actualidade. Surpreende e fascina. Ficamos amigos e cúmplices destas figuras únicas. São amigos agoara chegados. Prazer em conhecê-los. Muito obrigado, Álvaro de la Vega.

CONFLUÊNCIAS Álvaro de lá Vega. Casa da Cultura, Setúbal

Visitar mais em https://alvarodelavega.es/




facebook


quarta-feira, 16 de abril de 2025

Manda o Luís trabalhar

O vigarista de bairro que quer voltar a ser primeiro-ministro depois de ter feito uma birra de puto charila, tem agora uma canção eleitoral que diz "deixa o Luís trabalhar". O vigarista de bairro é o Luís visado na canção. O vigarista de bairro segue agora a cartilha do seu guru Cavaco, e manda compor uma canção ridícula que apela a que as pessoas o deixem trabalhar. Trabalhar, imagine-se. Ou seja: continuar a distribuir riqueza aos ricos e a destruir os avanços civilizacionais.

Esta gente tem um gosto bem duvidoso no que diz respeito a músicas. Músicas e letras ridículas. Cavaco revelou a sua ignorância extrema quando uma vez comentou a situação em que se encontrava — a comer como um alarve — ilustrando essa acção com uma imagem confrangedora que ligava a frase "eles comem tudo" àquela situação em que se encontrava: "estou como na música de Zeca Afonso", disse então". Cavaco não tem a capacidade de perceber as metáforas de José Afonso, nem de coisa nenhuma, e revela sempre a sua ignorância. Um triste traste.

Montenegro segue pisadas. O desprezo desta gente pela cultura e pela sua aplicação é evidente. Querem lá saber de música ou de quem a faz. Querem propaganda e vozes que berrem. As músicas destes arautos do ajuste são de uma mediocridade confrangedora. Manhosos como Carreira, Ágata, Rosinha, Nel Monteiro (salazarista confesso), ou Toy e Emanuel dos negócios televisivos, ou ainda outros cantorzecos de som rasca e rouco, podem resolver muito bem as premissas sonoras da direita mais reaccionária. Quim Barreiros já chegou aos libretos do partido fascista. Os outros bem podem ir vociferar com as suas gargantas infectas pelos estrados dos comícios por onde circulam o vigarista de bairro e os fascistas do partido do execrável Ventura. A música dos vigaristas, disfarçados de moralistas ou de irreverentes arautos, não serve a democracia civilizada e urbana que se deseja. A música deve ser outra coisa: MÚSICA, assim, com maiúsculas. Aos gargarejos apologistas de vigaristas é preferível o silêncio, que também faz falta à boa música. 

facebook


terça-feira, 15 de abril de 2025

A Grande Arte



Dia mundial da arte. Um dia como outro qualquer. Todos os dias deveriam ser sentidos como sentimos o que fazemos. Ou não, depende do que sentimos, e do que fazemos. Depende dos dias. A arte ajuda a sentir. Ou não. Às vezes irrita e agride. Se denuncia é bem vinda. A arte cabe na palma da mão, mas é tamanha...

Bom dia.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

UNS COM OS OUTROS CONTRA TODOS. Opinião ilustrada da Cristina Sampaio.

facebook


Design de comunicação


Da série Grandes Capas. Ilustração de Frank Viva, “Hot Air”, para o texto "The chaos on Capitol Hill", de Françoise Mouly. Ilustra um excesso de derrotismo. Esperemos que o imbecil da falas-rascas que perora bojardas inenarráveis na sala oval da Casa Branca não chegue a este ponto.

sábado, 12 de abril de 2025

Fotografia de Waltraud Forelli.

A White Cube Mason's Yard vai mostrar uma exposição de Anselm Kiefer, de 25 de junho a 26 de agosto do presente ano. 

A Royal Academy of Art também vai ter trabalhos de Kiefer entre 28 de junho a 26 de outubro. “Kiefer / Van Gogh” de seu nome, a exposição pretende evidenciar a influência do pintor holandês na obra do alemão Kiefer. Pessoalmente só encontro ali distâncias, mas é claro que o mestre é que sabe quem lhe limpa os trilhos. O percurso de Kiefer revela preocupações que se exprimem no gesto e na representação nos trabalhos de grande dimensão. Kiefer tem surpreendido quem o segue (estou inscrito na colectividade) com a aplicação das matérias nos suportes. O suporte sofre a acumulação de plasticidades a que posteriormente são aplicadas outras camadas que agridem a matéria aplicada e até a ferem, como necessidade de exibição de um tempo perturbador ocorrido num passado que agora se quer representar. Kiefer é um artista atento à realidade. As recentes ousadias fascistas não nos deixam descansar. Anselm Kiefer é um dos mais surpreendentes artistas da actualidade. Estas exposições em Londres vão confirmar isso.

https://www.whitecube.com/gallery-exhibitions/anselm-kiefer-masons-yard-2025

facebook


sexta-feira, 11 de abril de 2025

Debate eleitoral

LIVRE - CDS | Isabel Mendes Lopes colocou Nuno Melo no seu lugar. Nuno Melo ainda não percebeu que o seu partido já não existe. Nuno Melo comporta-se com a arrogância de quem despreza os adversários com legítima representação parlamentar. O partido de Nuno Melo está no parlamento refugiado numa coligação liderada por um vigarista de bairro. Nuno Melo é um ser desprezível. Esta gente é desprezível.

Separados à nascença

Sempre que aparece, em conversas em redondo, o líder do PPD/PSD, e insistente candidato a primeiro-ministro, lembro-me de imediato de Alfred E. Neuman, personagem mascote da revista satírica MAD. Acho-os parecidos fisicamente, pronto, contudo encontro aqui uma diferença entre Alfred E. Neuman e Luís Montenegro que é de levar em conta: Alfred E. Neuman é muito mais sério.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Operação Crivos

Ventura protegia os seus clientes enquanto jurista. Defendia-os dos impostos excessivos. No partido rasca que dirige não está sozinho. Outros deputados do seu partido não concordam com as quantias que os impostos solicitam. Não pagam. É uma maneira de reagir contra esses excessos. Tudo feito pela justiça pessoal de cada um. Ninguém gosta de pagar impostos tão altos, não é verdade?


A dirigente que pôs uma senhora já falecida a assinar papéis também o fez por uma boa causa. Quem teve uma vida não merece ser esquecido e cancelado só porque morreu.
Quando o líder do balcão da tasca agride colegas de jogo da bola dos filhos, porque os filhos não os superaram, estamos a assistir a amor de pai. Pai é pai, e um pai assim. é o melhor pai do mundo. Porrada nos putos que se atrevem a ganhar aos filhos de pais que são gente de bem. O mesmo líder diz também que se matassem mais uns quantos africanos daqueles que deviam era de ir para a terra deles, as coisas andavam muito melhor.
Aquele rapaz que atropelou um jovem só o fez porque estava bêbado. Tem desculpa. Mas que democracia é esta que não permite que um gajo beba só mais um copito para a viagem?
Já o pedófilo... Aquilo aconteceu. Pronto. Não volta a acontecer. E até pagou ao rapaz que o seduziu. Provavelmente aceita de boa vontade a castração química proposta pelo seu líder.
O homem que subtraía malas a outros viajantes, também era para colaborar contra os excessos de bagagem que estes turistas insistem em carregar. Vendia o material confiscado por preços acessíveis, dando assim oportunidade a outros de terem produtos já usados mas em bom estado. Ora, esta reutilização é atitude de grande altruísmo.
Estamos perante um punhado de bons rapazes cheios de boas intenções. Todos os ocupantes da tasca que se instalou no lado extremo direito do parlamento pensam desta maneira ajustadora contra a corrupção. Ventura mente e acusa sem freio porque quer fazer valer esses excelsos valores. E o seu povo dá-lhe razão. Ele até já diz que nós, os que defendemos a democracia representativa e o Estado de Direito, somos inimigos do povo. O povo vencerá, se derem a oportunidade ao aldrabão e aos meliantes de feira que o adulam. Os vossos algozes representam-vos. Bem podem limpar as mãos à parede.
Outrossim: agora surgiu para aí uma notícia que denuncia o militar que quer ser Presidente: também tem, para associar às suas já conhecidas e elevadas qualidades de ajustador da democracia dele, um negociozinho que não quer assumir como seu. Se no futuro próximo tivermos o garboso almirante como presidente e o homem das empresas de Espinho como chefe do Governo, vamos ter representantes institucionais e pêras, com um Governo que cairá de maduro para entretenga do partido fascista. O original supera sempre a cópia. Depois dos recentes exemplos estrangeiros, em que lugares de grande relevância são ocupados por gente com tamanha qualidade política e moral, tudo é possível.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Fernando J. B. Martinho

Morreu o homem que melhor percebeu a poesia contemporânea. Estudou os poetas do nosso tempo. Foi um dos esforçados especialistas na Obra de Fernando Pessoa. Um homem bom, generoso, alheio a espaventosas ribaltas. Publicou, nas Edições tinta-da-china, textos seus, e também crítica e ensaio na imprensa, e comentou obra dos poetas que admirava.

Foi um dos convidados MUITO CÁ DE CASA, empreendimento da Casa Da Cultura | Setúbal, para falar de um livro escrito por Helder Moura Pereira, publicado pela Assírio & Alvim. Trato simpático e transbordante conhecimento. Quando morre uma pessoa que sabe tanto, ficamos com uma sensação de vazio estranha. Perdemos muito. É justo dizermos que ficamos mais pobres. Muito obrigado, Fernando J. B. Martinho. Foi bom conhecê-lo e viver no seu tempo.

Leitão e o futuro

Diz que é ministro de não sei o quê e chama-se Leitão qualquer coisa. Parece que teve um trabalhão do caraças para impedir mais imigrantes de virem trabalhar para cá. Os empresários que pedem mais malta lá de fora devem ter ficado encantados com as declarações deste Leitão ministro. 

Mas ele avançou confiante na revelação da correcção das políticas socialistas que deixaram cá entrar gente em excesso. Isto estava uma rebaldaria. Só querem é trabalhar. Ainda se viessem investir criando empresas com futuro assegurado, ou participar na Web Summit, vá.

Como o fascista arruaceiro líder do partido com nome de medicamento para as dores reumáticas  diz que é candidato a primeiro-ministro, se lá chegar pode já contar com o Leitão para ministro das Corporações e do Ultramar. O homem tem talento. Diz as maiores inanidades com ar sério de estadista. O que esta criatura tem aprendido com o trauliteiro do partido com nome de medicamento para as dores reumáticas. Estudou melhor a cartilha fascista do que outros correligionários daquele partido de vigaristas de bairro. Ele e Ventura podem muito bem desempenhar um papel importante num futuro governo que pretenda isolar-nos do mundo das pessoas normais, respeitáveis, e aliar-nos aos Trumps, Musks e Vances desta vida. O egoísmo e a estupidez mais rasca ficam-lhes tão bem.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Esterco em delírio

Claro que estamos em registo de metáfora. O esterco não pode entrar em delírio. O esterco não tem cérebro e como tal não tem maneira de governar a economia que decide as finanças do mundo. Perdoem a ousadia, mas não consigo perceber Trump e Musk sem os associar a esterco humano. Lixo que fede e não se recomenda. Musk começa a dar sinais de querer sair do lamaçal. O motivo não é altruísta. É egoísta. Musk está a perder muito do que é a sua razão de viver:
ganhar dinheiro. Musk é um escroque que está a ganhar menos dinheiro e só isso o move para ter atitudes. Perder dinheiro é derrota pessoal. E isso é para ele de uma gravidade assustadora.

O alarve da Tesla que veio à Europa apoiar os seus colegas nazis alemães, está agora preocupado com as baixas nas vendas do objecto que por aí circula. Aquela trampa circula menos e ainda bem. Musk quer ir para o terreno. Para as vendas. Quer sair daquela casa assombrada. Os ratos são os primeiros a abandonar o navio. Lamento a maldade, mas desejo ardentemente que os escroques que dominam a economia egoísta se devorem uns aos outros como animais selvagens. Eles não são outra coisa. Animais predadores sem desculpa. Era suposto terem um cérebro. Sim, têm um, mas usam-no em delírio manipulador. Puta que os pariu.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Análise política ao debate

O líder do partido fascista causa-me uma tal repulsa que me recuso a comentar seja o que for sobre o que ele diz. O que diz um energúmeno não se comenta, combate-se. O resto é conversa de chacha.

Análise política ao debate

Paulo Raimundo foi decente e assertivo. Montenegro foi reaccionário e cretino. Lá veio com a "ilusão ideológica" como se o que ele faz não fosse ideologia. Montenegro instalou na política uma ideologia unipessoal desastrosa que vai manter uma crise de ingovernabilidade, e os seus correligionários estão a deixá-lo à solta. Ingénuos? Idiotas? Montenegro é um ser humano deplorável. Teve neste debate o seu momento Ventura. Cunha Vaz fez a instrução com eficácia. Um escroque bem pago sabe auxiliar outro. Os eleitores de Montenegro vejam bem o que estão a fazer. Tenham juízo. Juízo, é pedir muito?

Design de comunicação


Da série Grandes Capas.

O monte de esterco que envergonha e arrasa os EUA é protagonista em todos os suportes. Provavelmente é essa a sua intenção. O monte de esterco fede desde os tempos dos concursos televisivos em que era famoso só por aparecer a despedir pessoas. É seu divertimento preferido, e talvez único, desde esse tempo. Mas agora instalou o brinquedo na Casa Branca. É a partir daí que a destruição se dá.
As imagens foram retiradas do blogue do meu amigo José Simões, com a devida vénia: https://derterrorist.blogs.sapo.pt/

domingo, 6 de abril de 2025

Terra da fraternidade

Grândola mudou muito desde aquele dia em que José Afonso se emocionou na sociedade "Música Velha". Existem hoje estruturas culturais de grande qualidade de apoio à fruição de reisentes e de quem por lá passa. Os arquitectos Pedro Domingos e Pedro Matos Gameiro são os autores do projecto da Biblioteca e Arquivo Municipal. Trabalho notável. Este lugar instalou na cidade a centralidade cultural e de lazer.


Ontem, 5 de março, sábado, houve o lançamento de um livro importante e abriram duas exposições: "Dentro de ti, ó cidade", fotografias dos dias que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, da autoria de José Carlos Nascimento, e os "Grafismos em Liberdade", cartazes impressos depois de Abril, e que nos informaram e animaram os dias de procura de toda a informação até aí ocultada. Estes cartazes estão ali graças ao trabalho de recolha e manutenção do Arquivo Ephemera e da Biblioteca Silva. Agradecemos aos seus mentores, respectivamente José Pacheco Pereira e Jorge Silva. E agradecemos a António Figueira Mendes, presidente do Município, e a Carina Batista, vereadora da Cultura, esta oportunidade de mostrarmos o esforço de tanta gente.

Antes destas aberturas assistimos ao lançamento do livro "CADEIA DE CAXIAS, a repressão fascista e a luta pela liberdade". Livro que dá a conhecer os cerca de 10 000 homens e mulheres que a PIDE encerrou nesta cadeia entre 1936 e 1974. O livro tem 778 páginas. Passando os óculos rapidamente por todos estes nomes, dou com as lentes em dois amigos que por lá passaram: José Afonso e Carlos Oliveira Santos. Achei curiosa a designação profissional. Carlos Oliveira Santos aparece como estudante. Certo. E José Afonso como Agente de Promoção Artística. Curiosa profissão, mas que designa actividade perturbadora. Está certo, também. Intervenções dos dirigentes da URAP — Edgar Costa, Álvaro Pato e David Geraldes —, de uma comoção contagiante.

Entrecortadamente ouvimos cantares alentejanos. O "Grupo Coral Vila Morena" fez a ligação entre as várias actividades. Tarde repleta de brilho e de emoções. Muito obrigado, Grândola.