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Fotografia DR |
Assisti à sua jubilação, na Universidade de Lisboa, em dezembro de 2024. O discurso de despedida não foi um adeus, foi antes uma assertiva interpretação do que estava para vir. Senti a emoção e o entusiasmo na sala. Os discursos de António Sampaio da Nóvoa são vibrantes de emoção, porque são rigorosos de conhecimento e razão. Cita os melhores e aponta sugestões e caminhos. Nunca clama por autoridade ou restrições à cidadania. A Liberdade é o mote. Sempre. Aponta a Cultura como um trilho exigente mas possível de percorrer. Das suas ideias relevam-se a tolerância, o conhecimento, a participação cidadã. Nas suas palavras todos cabemos. Todos percebemos a extrema importância da educação. Todos vivemos o rigor do trabalho. Todos sentimos a liberdade e a inteligência.
Já foi o meu candidato. Voltaria a apoiá-lo. Percebo que não se queira misturar com os já anunciados candidatos de plástico, permitam-me a arrogância, mas acho mesmo isso. Mas era a maneira de nos sentirmos com representação na labuta eleitoral. Se somos muito melhores do que eles, qual a razão de não propormos os nossos melhores para nos representarem? Os candidatos egocêntricos de pechisbeque têm que ser confrontados pela inteligência e pelo rigor intelectual. A política exige-o. A democracia recomenda-o. Vamos pensar nisto?
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