quarta-feira, 21 de maio de 2025

Ainda não viram nada...

O inenarrável fiteiro e mentiroso compulsivo que anda há anos ao colo da comunicação social em campanha permanente, ainda se queixa de maus-tratos por parte de quem lhe deu colinho. Os desmaios e as idas aos hospitais interromperam as edições televisivas. Baba e ranho inundaram monitores. O discurso de ódio por parte do labrego que lidera a bancada parlamentar e os "argumentos" de pacote de coisas estragadas atirados a toda a hora contra as lentes das câmaras televisivas pelo veterinário arruaceiro (bem, arruaceiros são todos), Foram de fazer transbordar a paciência de qualquer pessoa consciente da sua educação e tolerância. Mas os labregos não estão contentes. É que os comentadores comentam, como lhes é pedido. E parece que aí os labregos ainda não instalaram o balcão da sua taberna. O modelo a seguir é o de Trump e o discurso está a mudar. Os fascistas gostam de dar porrada. Pacheco Amorim, o ideólogo com a cabeça cheia de ódio, que o diga. Tudo o que comunica é contra nós. Tudo o que pensa é para abater. Vamos ficar sozinhos com os mentecaptos iletrados (eu sei, eu sei que alguns são licenciados, e então!?), que nos elegem. Vamos finalmente dar porrada nessa gente de cravo ao peito. 

Estamos perante uma chusma de gente ignorante, mal formada e agressiva. Se forem poder serão os seus eleitores as primeiras vítimas, mas as vítimas apaixonaram-se pelo carrasco. Não queiramos experimentar esta gente no poder, como defendem alguns. Não percebem nada. Mas não, não são revoltados inconscientes. São gente má, consciente da sua maldade ajustadora. Ouvimo-los por aí: "eles que vão para a terra deles", "Não querem é trabalhar", "Tenho muito orgulho em ter sido combatente", "Deixem o Ventura governar que vão ver onde está o subsídio". "A mama vai acabar", "Isto precisava era de 10 salazares". Muitos destes impropérios são ditos por gente que até está a receber subsídios, sem perceberem que vão levar por tabela. Foi esse o discurso ajustador de Trump contra os apoios ao conhecimento e à sociedade civil mais fragilizada, e o resultado é devastador. Desemprego, miséria, desespero. O mesmo aconteceu com Milei na Argentina. "Não vamos ser fofinhos", "a bandalheira vai acabar", "A Arte, a Cultura e a Educação são excrescências". "Fuera". A regressão está a atingir níveis de incivilização nunca antes vistos. Trump quer ser tudo. Orban também, e Ventura também.
Não, não pensem os desgraçados que votaram nesta gente que Ventura (parece que é sempre ele sozinho que vai ser tudo) vai acabar com a corrupção. Vai, isso sim, acabar com os apoios a quem precisa, e entregar tudo aos seus apoiantes ricos, como fez Salazar. Os apoios a quem precisa vão acabar se o palonço for alguma vez governo, é limpinho. Mas é a isso que ele chama corrupção. Ele é que sabe o que isso é. Como Salazar, já tão citado e almejado sem que exibam um mínimo de vergonha na cara, os imbecis. Só para desanuviar: um dia destes vi um vídeo muito partilhado pela corja do Chega, em que o ideólogo/comunicador/fascista José Hermano Saraiva dizia, em entrevista a Fátima Campos Ferreira (gabo-lhe a pachorra), que Salazar foi uma sorte que nos saiu na rifa porque era um santo. Confesso que soltei uma gargalhada perante esta tirada imbecil do não-historiador de serviço do fascismo. Mas esta gentalha tosca e ignorante partilha a homenagem ao ditador criminoso em pasmo de elogio. Enfim, como escreveu José Afonso: "Há quem viva sem dar por nada, há quem morra sem tal saber". Vamos continuar a lutar contra a ignominia e a ignorância. Estes labregos não passarão.

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