terça-feira, 18 de março de 2025

Não há fome que não dê em fartura

Os meus avós queixavam-se de não os terem deixado ir às urnas. Agora diz-se por aí que o povo vai às urnas contrariado. É um fartote de eleições. Não há fome que não dê em fartura. O infelizmente primeiro-ministro também não queria eleições, mas provocou-as. O infelizmente ainda primeiro-ministro vê a política como um electrodoméstico familiar. Casas, casinhas e casinos são árvore de patacas. Se o povo que vai contrariado às urnas eleger este negociante descarado, que não hesita em ter negócios com gente de jogos de casino, vamos ter um grande sarilho por muito tempo. Montenegro é evidentemente um negociante que se aproveita da sua acção política. Só não vê quem não quer estar para aí virado. Mas se o dito povo votar noutro sentido também não vamos ter sol na eira. Este país vai ficar ingovernável. Culpa? Do Presidente que com as suas percepções e decisões levou-nos a este estado, e do primeiro-ministro que "está a adorar governar". Um partido fascista cresceu, e um parolo com linguagem corporal foleira a olho e implantes capilares aparentemente pintados com graxa de sapato chegou a primeiro-ministro. O salve-se quem puder do neoliberalismo mais feroz está na moda e tem apoio popular. Gente manhosa, sem valores culturais e sem preocupações sociais está a chegar ao poder em muitos lugares do planeta. Portugal segue sempre as modas "lá de fora". Teme-se o pior. Mas deixem lá a malta ir votar. Quem não quiser fique em casa. Não queremos cá povos contrariados.