quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Circo Trump

Se tivesse sido publicada no ano passado, esta imagem seria de crítica política, onde o ridículo é evidenciado. Nada disso: esta pintura imperial foi divulgada pelo circo que se instalou na casa assombrada de Washigton. Os novos fascistas utilizam o ridículo como arma política. É aliás essa a única estratégia que aplicam em tudo o que fazem. O ridículo normalizou-se.

Trump é ridículo em todos os aspectos: está logo nas trombas a "exigência" nos implantes e colorações capilares, mas também nos fatos e gravatas indescritíveis, e na própria linguagem corporal. A vaidade, aliada à ignorância, dá naquilo. Trump considera-se o único homem inteligente no mundo. Talvez ceda em atribuir um honroso segundo lugar ao seu cão-de-fila Musk. Mas ao assumir esta imagem ridícula de imperador todo poderoso devia despertar um alerta nos americanos que o elegeram, se é que ainda têm alguma coisa debaixo daquele boné rículo que envergam com tanto orgulho. E os americanos que votaram contra ele estão parados? O que está a acontecer é excessivamente mau. Professores e cientistas estão impedidos de revelar preocupações ambientais, e científicas, já agora. A Educação já não o é. Tudo o que é apoio social está a ser anulado. Tudo o que é público é lixo para esta gente sem higiene mental. É o regresso a tempos tenebrosos de exaltação da ignorância mais reles. Quem não vê isto está com certeza a tentar distrair-se com outros fenómenos. Assobiar para o lado será o melhor? Ou, observando os palhaços em cena, vamos rir que é o melhor remédio?
Não, estes palhaços não têm graça nenhuma. Lembremo-nos: um palhaço não é rei só por entrar num palácio. O palácio é que se transforma em circo. O circo Trump é exageradamente ridículo, mas é muito mais perigoso do que os outros que apenas mostram habilidades e palhaçadas.