domingo, 30 de novembro de 2008

Voz dos pacientes

Aos domingos, as opiniões dos pacientes que vão chegando via correio electrónico.
Venham mais cinco - As comemorações do passado dia 24 trouxeram até cá manifestações de apreço por parte de grande número de pacientes e de blogosféricos parceiros. A todos agradeço a simpatia recebida.

Alguns testemunhos de colegas:


Apesar de este endereço de email se confundir com esse mal necessário - mas também empolgante, por vezes - a que se chama "trabalho", não quero deixar de te dar os parabéns pelo aniversário do bisturi sensato e acutilante que faz parte das tuas pequenas cirurgias. Venham mais cinco, de uma assentada...
Da tua fiel leitora de blogue e colaboradora de outras andanças, aceita um abraço com assinatura reconhecida,
Carla Maia de Almeida | Jardim assombrado


Parabéns pelos cinco anos do seu blog. Foi um dos primeiros bloggers a quem me atrevi a escrever, e respondeu-me com a maior gentileza.
Nem sempre concordo com o que escreve, o que é normal, mas gosto de o ler.
Parabéns, e conte muitos.
Um abraço,

Gi | Garden of Philodemus

Parabéns pelo aniversário do blogue, que é uma das minhas terapêuticas diárias. Tem corte certeiro e rigoroso.
Esperemos por mais 5 anos de experiência!
Os melhores cumprimentos.
Sofia Loureiro dos Santos | Defender o quadrado


Agradeço igualmente as generosas palavras dos pacientes:
Adelino Chapa, Anarca, Marta Silvestre, Ana, Carla Rebelo, Carlos Dias Nunes, João Ferreira Duarte, Zé do Sul, Aristídes Sacadura, João Lobo, José Carvalho Lopes, Casimiro Vilas, Gabriela Martins, Carlos Alcântara, Susana Regedor, Joana Neves, Carlos David Frazão Nunes, Joana Casas Branca, Joaquim Gonçalves, Carlos Corado Dias, João Carlos Vilas Claras.

sábado, 29 de novembro de 2008

Deambulatório

Aos sábados, opiniões escolhidas entre as publicadas nas redondezas.
Balbúrdia da corte - Apesar de totalmente esvaziadas as razões das queixas da FENPROF contra este modelo de avaliação do desempenho, em desespero de descredibilização total e mostrando as verdadeiras razões da luta, já ninguém aguenta mais ouvir falar nesta impossibilidade, nesta pressão do ministério, nesta defesa da escola pública.
Assim vamos dia a dia, com o Ministro das Finanças a ser o único que não vê motivos para alterar as previsões em que baseou o orçamento de estado para o próximo ano, com Durão Barroso a tentar sobreviver politicamente, aproveitando um fato que nunca lhe assentou bem mas que ele veste com gosto.
Tudo se especula e se desconfia, de tudo fazemos comissões de inquérito que se perdem na memória dos tempos, trucidam-se e mastigam-se os assuntos até à exaustão.
O pior é mesmo o desemprego e o fantasma da crise social, da penúria, da miséria, que já vemos tão longe, que a maior parte de nós nunca conheceu.O pior é mesmo a balbúrdia da corte, que até parece um absurdo jogo de bobos.
Sofia Loureiro dos Santos Defender o Quadrado


sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Pub.


Achei graça a isto. Pronto. Clique na imagem para ampliar.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Preciosa Sá da Costa


A livraria Sá da Costa, montra da editora com o mesmo nome, existe no Chiado vai para um ror de anos. Agora adoptou nova dinâmica: funciona como livraria de fundos, onde coloca edições muito antigas a preços aliciantes, e está aberta até às onze da noite. As pessoas que atendem são jovens, simpáticas e sabem do que falam quando falam dos livros expostos.
Estes dois que estão aí em cima no retrato comprei lá. Por duas razões: são de autores que aprecio e porque o grafismo é assinado pelo grande Sebastião Rodrigues, que foi o primeiro grande designer a fazer jus ao rótulo profissional, em meados do século que já passou vai para nove anos. É por isso que estas capas são assim - óptimas.
A escrita que está lá guardada também não é nada de deitar fora: Ruy Duarte de Carvalho e Luandino. A edição é da própria Sá da Costa e há lá muito mais coisas.
Apareçam. Acreditem que vale a pena.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Pão pátrio


É um livro magnífico. O Pão em Portugal de fio a pavio. Quem conta a história é Mouette Barbof, coadjuvada por Paulo Chagas. As fotografias, excelentes, são da responsabilidade do estúdio de Nicolas Lemonnier, e o design de comunicação é assinado por mim e pela minha gente, na DDLX.
Este soberbo trabalho de grupo - perdoem a imodéstia - vai estar nas livrarias a partir do próximo fim-de-semana. Podem folhear e saborear. Até sabe a pão. Se gostarem comprem. Como o pão.

Título: O Pão em Portugal
Autores: Mouette Barbof | Colaboração de Paulo Chagas
Fotografia: Nicolas Lemonnier e Vasco Emídio
Produção culinária: Giovanni di Biasio
Design de comunicação: DDLX
145 páginas
Editor: Edições Inapa

Aromas


São uma espécie de mestres cosméticos. Produzem uns bem embalados e cheirosos produtos. Estes sabonetes nem sempre se encontram. Até já houve quem, numa loja da especialidade, me garantisse que não existem. Mas existem. A fotografia foi feita por mim com os objecctos mesmo ali à frente. Sabonetes à base de côco. Excelentes. Encontrei-os num vulgar supermercado Jumbo. Foi uma sorte. De resto, os produtos Ach Brito/ Claus andam por aí: na Casa Portuguesa, ao Chiado. Na Mercearia da Atalaia, no Bairro Alto, e, pela amostra junto, também em qualquer supermercado. É procurar, senhores.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Rogério Mendes Moura

Há coisas assim. Ainda ontem prometia aqui não falar de tropeções e logo acontece um dos grandes. Morreu Rogério Moura. Tive a sorte de o conhecer em 1997. Estávamos a fazer as publicações para o projecto "Caminho do Oriente", para a Expo'98, e ele era o editor. Ficámos amigos.
Fundou a Livros Horizonte em pleno salazarismo. Aturou as parvoíces da Censura, mas ergueu a marca que ainda hoje permanece. Publicou muitas centenas de livros. Lia tudo o que publicava. Não era um desses editores de supermercado que apenas se preocupam em esperar pelos resultados da distribuição. A edição em Portugal perdeu um dos seus melhores. Tinha 83 anos.
Um grande senhor.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Venham mais cinco



Há 5 anos que aqui se opera. Desde Novembro de 2003 que me entretenho com estas pequenas cirurgias. Para comemorar, e durante toda a semana, não vou tropeçar no que nos incomoda. Vou frequentar o que de melhor anda por aí. Festejar, portanto.
Começo com esta alusão ao "lp" de José Afonso gravado em Outubro de 1973. Por razões ilustrativas e metafóricas óbvias, mas também porque é um dos melhores trabalhos de sempre da música portuguesa. Ouvindo-se hoje, e passados estes intensos 35 anos, percebe-se a genialidade de um artista que viveu como poucos o seu tempo. Um trabalho que se inscreve, sem favor de excessiva simpatia, nas sonoridades contemporâneas. Notável e intemporal.
Um bom dia para todos.
Até amanhã.

domingo, 23 de novembro de 2008

Voz dos pacientes

Aos domingos, as opiniões dos pacientes que vão chegando via correio electrónico.
Caro cirurgião de serviço, no texto em que fala das bicicletas em Lisboa, dá a entender que o PSD e o PCP se dão às mil maravilhas, ora não é bem assim, o PCP sempre foi um partido de esquerda que sempre combateu a direita. O PSD é de direita e é igual ao PS. Confesso que prefiro o PSD no governo em vez do PS. Pelo menos não engana ninguém. Mas tudo se passa ao invés do que insinua.
João B. Sacramento
Cirurgião de serviço - Insinuo?! JTD

Venho aqui reconhecer que tem razão quando fala dos professores. É o sr. professor Mário Nogueira que os controla. O sindicalista nunca estará de acordo com a avaliação. A intenção é única e simplesmente fazer oposição ao governo. A recente cedência da ministra veio pôr isto a nú. Agora só cai quem quer. Jardim é o grande aliado do PC nesta luta. E parece que a luta continua.
Marta Silvestre
Cirurgião de serviço - Não tem nada que agradecer. JTD

Acha mesmo que Manuela Ferreira Leite é xenófoba e contra a Democracia? Já não se pode usar o humor em política? Qualquer dia não se pode dizer nada, porque estão logo vocês a mandar abaixo. Livra!
João Deodato lopes
Cirurgião de serviço - Não acredito que MFL seja assim tão tosca, de facto. Mas não basta à mulher de César ser séria. Quanto ao sentido de humor, reconheço que o amigo João Deodato o possue e em grandes quantidades. Prova-o ao tentar emprestá-lo a MFL. Não se esforce tanto. Deixe lá isso. JTD

Vocês devem pensar que com Obama todos os males do mundo ficam resolvidos. Muito gostam vocês da festa etnográfica. Vai ver que vai ficar tudo na mesma.
Cabral Dias
Cirurgião de serviço - O Cabral deve passar os dias a ver os filmes errados. Tire-me desse filme, por favor. Escolho as festas que frequento. Algumas até podem ser etnográficas. Mas não percebo onde viu a minha certeza sobre as virtudes de Obama. Mas, pronto, deixe lá, errar é humano. E se você e eu erramos, qual a razão de Obama não poder errar? Esperemos é que não erre muito. JTD

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Boa decisão


Esta senhora vai dirigir a política externa americana.
Nada que não se esperasse.
Mas saúda-se.

Indecentes e más figuras

Um ex-governante que acumulou governações na Banca foi detido para investigação. Será que a Justiça vai funcionar, ou os colarinhos engomados vão branquear o esforço punitivo?
A Ministra propõe adaptações na avaliação, mas a Fenprof não se adapta às propostas. Nada a acrescentar.
Manuela Ferreira Leite diz o que diz e ainda tem defensores (gostava de ver Pacheco Pereira se tivesse sido, por exemplo, a Ministra da Educação a proferir os manuelinos disparates).
A selecção de futebol humilha quem a apoia deixando o queiroziano seleccionador indiferente.
Dias Loureiro vai hoje falar com Judite de Sousa na RTP1. Valerá a pena perdermos tempo a ouvi-lo? Veremos.
Entretanto é evitar a algazarra e passar ao largo desta gente. Há vida para além da choldra.
Mas lá que a choldra já fede...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Maldita democracia


"Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia [pausa]. Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se [pausa]. E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia"
Manuela Ferreira Leite, em delírio anti-institucional.
Será que é a senhora que sabe como se faz?
Qual a razão de não o ter feito enquanto andou pelos corredores do poder? Ah, já sei, vivíamos em anárquica democracia. Não dava.
Ainda há quem ponha a hipótese de a ver como primeira-ministra?

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Manhoso

Constança Cunha e Sá convidou o grande timoneiro dos professores em luta. Este, no seu estilo entre o diácono Remédios e um mariacchi mexicano lá foi balbuciando as incoerências do costume. Será que ainda leva alguém à certa com aquele discurso insurreccional manhoso?!

Ópera-bufa


A semana promete. Manuel Alegre, o dono da esquerda tradicional anti-fascista, ameaçou o PS, o primeiro-ministro, a ministra da Educação e ainda criar um novo partido. É isto que o País espera ansiosamente do trovador coimbrão. Era mesmo isto que nos faltava.
Já cá se sabe que o incansável Nogueira não descansa enquanto não transformar o professoral alvoroço em desastre eleitoral para o partido do governo. Já tem um aliado de peso: o soba do Funchal. Os recalcitrantes professores não contam. O homem do bigode é que está ali para dar bigode ao Governo. Avizinha-se sortido de impropérios e bagunça variada.
E os putos? Os putos, como não é preciso estudar vão comprar umas paletes de caixas de ovos para continuarem o divertimento encetado.
Anda aí uma crise que só visto, mas a malta quer é ir para a rua lutar contra a realidade.
Portugal não é um País; é um palco de ópera-bufa.

domingo, 16 de novembro de 2008

Memória de elefante

Em todo o mundo, os direitos humanos não contam nada. São, como dizia Hitler, que tem frases interessantes, "papel molhado".
A frase pertence a José Saramago. Está escarrapachada na última página do DN. Sabemos que o Nobel da Literatura não desgosta de ditaduras. Não conhecíamos é este apreço pelo ditador alemão. Mais à frente ainda acrescenta: "Trinta direitos estão consignados ali e, ao lê-los, ou desatamos à gargalhada ou desatamos a chorar".
Perante as declarações do escritor é mais chorar.
Já não leio Saramago há alguns livros. Prefiro guardar o que me fez gostar dele.
Questões de memória.

Voz dos pacientes

Aos domingos, as opiniões dos pacientes que vão chegando via correio electrónico.
Caro Teófilo,
Neste mundo da blogosfera, vou sendo teu leitor - se não diário, quase! Obviamente, nem sempre concordo com o que pensas, mas isso é normal. Estarás de acordo comigo quanto às concordâncias e discordâncias...
Li o teu postal de domingo em que escreves sobre os professores. Lamento o tom com que desabafaste, assim como lamento as experiências que lembraste e que, provavelmente, serão apenas uma amostra. Mas é aqui que me centro: o que contas, meu caro Teófilo, não pode ser instituído como norma, que é o que fizeste.
Também sou pai e também consigo prever as atitudes dos meus filhos em dose qb, quando estão em ambientes também frequentados por mim. No entanto, quando em ambientes outros, não sei se reagem da mesma maneira; aliás, sei - normalmente, são diferentes (não digo "piores" ou "maus", digo "diferentes"). Também sou professor e sei que o que dizes, podendo ser verdade nos casos que apontas, não faz regra. Essa é que é a verdade.
Não reajo em termos corporativistas. Reajo apenas como professor que sou, com muito gosto relativamente ao trabalho com os alunos, mas com muito desgosto quanto à imagem que foi trabalhada para o exterior a fim de serem conquistados públicos que, em muitos casos, não querem saber da escola para nada. Valerá a pena pensarmos na quantidade de pais que só dão à escola a importância do tempo de ocupação e nada mais... e tu, que andaste pelas associações de pais, sabes isso bem.
Não gostei dos termos em que generalizaste as tuas apreciações quanto aos professores. Não me revejo nelas, de todo. E também não vejo nelas a maioria dos professores que conheço. No entanto, não afirmo que os professores são todos bons, porque seria hipocrisia. Tanta como dizer o contrário!
Obviamente, tem havido comentários relativamente à Ministra da Educação tão vulgares e faltos de credibilidade (próximos da história dos ovos de Fafe) que repudio. Absolutamente. Mas também sei que o achincalhamento não é o tom por que opta a maioria dos professores. E, como sabes, as minorias valem o que valem e os casos isolados, esses, provavelmente, não valem nada, a não ser a resolução no imediato.
Este é também um desabafo. Que nem precisa de resposta.
Aceita um abraço e a teimosia de leitor do
João Reis Ribeiro | Nesta hora

Cirurgião de serviço - Caríssimo João: O meu desabafo não pretende generalizar. Contei dois casos que vivi, na minha experiência próxima como pai. Não o relativizo como comportamentos circunstanciais dos alunos e das diferenças que manifestam em casa e na escola. O que se passou, passou-se comigo, ponto. Teria muitos mais casos negativos para referir, mas não o fiz por decoro. Apesar de as excepções que vivi terem sido bastantes, concordo que não se deve generalizar. De qualquer forma contribuiram para não me comover com as exibições de boçalidade por pessoas que educam os nossos filhos. Até já vi um pobre professor ameaçar o primeiro-ministro com um processo judicial, por questões de lana caprina. O que digo não se refere, como é evidente, apenas à minha experiência pessoal. Acho que os professores devem ser avaliados, tal como eu o sou diariamente, no meu trabalho. Se não provar saber fazer não faço e não recebo. Ouvi professores, exaltadíssimos, denunciarem que, houve uma semana em que chegaram a trabalhar 49 horas para corresponderem à avaliação. Eu trabalho muito mais do que isso todas as semanas. Em que mundo vive esta gente? E não me venham com a tanga de que o que está mal é o método proposto. Claro que é normal haver adaptações ao método de avaliação. Mas os dirigentes sindicais não querem qualquer avaliação. Tu sabes isso, João. Provavelmente estão mais de acordo com a decisão do inefável Alberto João Jardim, na Madeira. O vosso dirigente Nogueira não encaixa em democracias que reconhecem medidas governamentais. Quanto pior o Ensino estiver, melhor para ele. Sabemos isso, não sabemos? O pior é que os professores vão a reboque do homem do bigodinho. E ele não se importa nada de levar a coisa a extremos. É o que acontece quando é a CGTP a ditar as regras. Não queria estar na vossa pele. Nem da da ministra. Um grande abraço. Volta sempre. JTD

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Cuidado com as imitações

Obama quer conhecer tudo o que diz respeito aos seus colaboradores na Casa Branca.
Nada de comportamentos desviantes. Nem as multas de trânsito são perdoadas.
Pudera, depois de Bush ter chegado a presidente, todo o cuidado é pouco.

Ai o centralismo democrático...

O entusiasmo de alguns militantes comunistas com a constante irreverência de Manuel Alegre é comovente. Tanta solidariedade com o esforçado deputado e parece que às vezes poeta roça a demagogia, como sempre, mas impõe um pergunta: Se Alegre fosse militante do PCP, e desafiasse com insistência as decisões do Comité Central, onde é que já estava?
Se pensassem um bocadinho nisso não diziam tantos disparates.

A grande gemada


Os alunos do secundário resolveram "atacar" as prateleiras dos supermercados. Subtrairam uns trocados à mesada, para experimentarem um investimentozito em caixas de ovos. Depois foi lançar os ovíparos projécteis sobre os representantes do Ministério em sinal de revolta pelas políticas na área. Claro que não sabem muito bem o que estão a fazer, nem tão-pouco explicá-lo, mas a diversão sobe às antenas dos acontecimentos nacionais.
Os problemas com a Educação são já uma grande e enjoativa gemada.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Citizen Kane

Manuela Ferreira Leite disse, entre aplausos de apoiantes, que não deve ser a comunicação social a escolher as notícias que divulga. Será que deve ser o Governo? Deverá ser tarefa do líder do maior partido da oposição?
Começa a ganhar muita força a ideia de que a líder do PSD só ganha com o silêncio.
Tinha razão de ser a atitude anterior de Manuela Ferreira Leite.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

é o costume

Cavaco Silva não comenta política interna
O homem bem avisou, na campanha eleitoral, que não era político.

Nogueirices

A FENPROF, estrutura que gere a professoral rebeldia, retira-se das negociações. Forma que democraticamente encontrou para reagir à repressão ministerial.
A Verdade e a Razão abandonam o conforto do diálogo.
A luta continua, sempre. Causas não faltam.
A revolução está na rua.

Se contrair empréstimos... aponte para cima

Qual é, hoje em dia, a profissão mais rentável? Jogador de futebol? Advogado? Namorada de jogador de futebol? Não. Creio que o ramo de actividade mais atraente para quem quer construir uma carreira de sucesso é ser proprietário de um banco falido. Enquanto o banco não vai à falência, retiram-se todos os benefícios que ser banqueiro oferece; quando vai à falência, não se suporta nenhuma das desvantagens o Estado toma conta de tudo. Quem deve 700 euros pode ter problemas: intimações, tribunais, penhoras. Quem deve 700 milhões, em princípio, está mais à vontade. Se contrair empréstimos, já sabe: aponte para cima. No que toca a devedores, aplica-se o mesmo princípio de mérito que rege o resto da sociedade: os maiores e mais talentosos têm mais dinheiro e prestígio.
Levando tudo isto em consideração, não se percebe por que razão não há programas de auxílio à criação de bancos falidos. É certo que, no momento em que vão à falência, os apoios não faltam. Mas, tendo em conta que se trata de uma actividade tão proveitosa, não deveria ser incentivada desde cedo? Continue a ler
Ricardo Araújo Pereira na Visão.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Amizade constructiva


George W. Bush e Barack Obama tiveram segunda-feira uma reunião, que o ainda Presidente descreveu como «constructiva e amistosa».
Obama sabe, com certeza absoluta, o que valem as chamadas e muito gastas "opiniões constructivas".
O que se pretende construir não passa pelas opiniões de Bush. Ou se calhar passa: é fazer um bocadinho diferente do que ele fez.
Nesse caso: desconstrua, homem, desconstrua.
Não foi para isso que o "puseram" aí?

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Miriam Makeba


Mama Africa calou-se. Participava num concerto de apoio a Roberto Saviano, o autor de "Gomorra". O livro não trata nada bem a máfia napolitana, e a dita quer chegar a roupa ao pêlo ao jornalista. Miriam Makeba foi lá, juntamente com outros cantores, apoiar Saviano. No final do concerto morreu. A Música perdeu uma das suas melhores vozes. O mundo perdeu uma grande senhora.

Deus lhes perdoe

O Santo Sepulcro foi testemunha de um grande trinta e um. Padres arménios e monges gregos andaram envolvidos, não em manifestações de apreço pelo próximo, mas sim em grande arraial de pancadaria. Se Jesus se desse ao trabalho de descer à Terra, o trabalhão que iria ter para pôr os seus seguidores na ordem. É melhor nem pensar nisso. Com amigos destes, os inimigos parecem anjos dos céus.

domingo, 9 de novembro de 2008

Voz dos pacientes

Aos domingos, as opiniões dos pacientes que vão chegando via correio electrónico.

Obama - A eleição de Barack Obama é ima bofetada na idiotice racista e xenófoba que inunda os Estados Unidos e Europa. Mas é verdade que na Europa isto ainda não é possível. Na Eurpoa tolerante e civilizada ainda não é possível ter um preto em presidências.
Carlos Dias Nunes
Cirurgião de serviço — Talvez não seja possível. Mas também é verdade que ainda não foi proposto. Se não se ousar não se pode experimentar uma opinião tão definitiva. JTD

Professores - Não se percebe a sua embirração com os professores. Percebe-se que não sabe do que fala. Acha que tudo está bem? Concorda com esta avaliação?
Marta Antero

Cirurgião de serviço — Não tenho embirrações. Tenho opiniões. Tive um filho no secundário até ao final do ano lectivo passado. Aturei grunhos, a quem os alunos chamavam "sotôres", ou lá o que era, que exibiam todo o tipo de alarvidades: Desde uma criatura que humilhou um aluno só porque o desgraçado ousou dizer que a guerra do Iraque dependia dos interesses petrolíferos, até um professor de português que fazia a apologia de Salazar antes de "dar" Saramago nas aulas. O programa exigia-lhe aquele desmesurado esforço, coitado. Tem razão, provavelmente não sei do que falo. Fiz por esquecer. Os professores seguidores do inenarrável Nogueira elegeram agora a borucracia como alvo e motivo de toda a contestação. Dizem, entre as mais indescritíveis manifestações de boçalidade, que não têm tempo para ensinar. Se calhar já não sabem preencher um impresso. Provavelmente terão de voltar à escola.
Cara Marta, o meu filho já não está no secundário, felizmente. Estes meus comentários são por desfastio. Respeito por esta gente não tenho muito. Cumprimentos. JTD

sábado, 8 de novembro de 2008

Avaliação nunca!

Estou a acompanhar a manifestação através de um canal de televisão que parece instruído pelo partido do professor Mário Nogueira. Na grandiosa jornada de luta assiste-se a todo o tipo de palhaçada. Uma exaltada professora assume uma condição disciplinar que eu, com certeza por distracção, não sabia que definia a classe dos timoneiros: "Um professor é um artista", gritava a criatura. Concordo. 
No caso dela artista circense, presumo. 

Deambulatório

Aos sábados, opiniões escolhidas entre as publicadas nas redondezas.
MANUELA VAI COM AS OUTRAS?
Hoje ocorre uma "gigantesca" manifestação de professores. Ontem, certamente por mera coincidência, Manuela Ferreira Leite defendeu a suspensão da avaliação dos docentes e o recurso a um "novo" modelo e à avaliação "externa". Está encontrada a versão "Manuela vai com as outras"?

João Gonçalves no Portugal dos pequeninos

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O caruncho da madeira

Podemos não concordar com a atitude isolada do deputado do PND, no parlamento Regional de Madeira - não passou de uma manifestação de desagrado pelo funcionamento das instituições lá no burgo. Já impedir um representante democraticamente eleito de entrar no recinto parlamentar desafia todas as regras que regem a sua acção. A falta de respeito pelos valores democráticos são mato naquele território comandado por Jardim e pandilha. O presidente da Assembleia Regional, um tal Mendonça, limitou-se a exercer a vontade dos caciques do PSD.
Às tantas até fez algum sentido aquele desfraldar da bandeira nazi.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Cromos de luxo

Cadilhe ficou muito incomodado com a atitude do Governo. O homem não se conforma com a correcção imposta por Teixeira dos Santos e Victor Constâncio.
Está com certeza mais empenhado em proteger até à última os responsáveis pelas incompetências que puseram em risco aquela coisa a que chamaram Banco.
Até parece que andam a gozar com a gente.

Perigosa ilusão

Ok, acabaram os foguetes. É tempo de guardar as serpentinas, os balões e os crachás e perceber a realidade que a administração Bush deixou. Os americanos não hesitaram em escolher Obama. O mundo já o tinha escolhido há mais tempo. Agora, das duas uma: ou as coisas melhoram, ou tudo fica como está. Mas as promessas de mudança foram tantas que, caso tudo fique como até aqui, o entusiasmo da vitória cai por terra, transformando-se mesmo em grande desilusão.
As ilusões são perigosas.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Obama 08


A campanha troglodita encenada por McCain e pela tonta do Alasca vai ser recordada juntamente com o exercício desastroso do ainda ocupante da sala oval da Casa Branca. Nunca o país mais influente do mundo esteve entregue a gente tão indescritível. O pior presidente de sempre vai-se embora de certeza. Esperemos que não seja a dupla proposta pelos republicanos a substituir o simplório Bush e o inenarrável Chenney. Até amanhã, senhor Barack Obama.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Não imagino

Por muito que se discorde de Paulo Teixeira Pinto ou de Paula Teixeira da Cruz - e eu incluo-me nessa colectividade -, em momentos como este sente-se um vento de solidariedade que anula todas as discordâncias. Não imagino maior contratempo na vida de um ser humano. Não imagino como se sentem em tempos tão tristes. Nunca me senti tão próximo deles.

Laranjas amargas

Um punhado de ex-colaboradores de Cavaco enquanto primeiro-ministro funda um Banco. A instituição cresce e aparece com pompa no meio financeiro português. Compram Arte e juntam mais Bancos ao rol. Agora vem-se a saber que as coisas não estavam assim tão bem. A crise minou-lhe as entranhas e denunciou a calamidade. O Governo resolveu evitar o pior e agarrou o problema de frente. As poupanças dos clientes do BPN não correm riscos. A bagunça foi armada por antigos e possíveis futuros quadros governantes do PSD. Os maus exemplos abundam. Associando estes atropelos às inabilidades de Manuela Ferreira Leite, não é dificil concluir que o partido laranja tem um futuro amargo à sua frente.

domingo, 2 de novembro de 2008

Orgulhosamente sós


As grandes obras públicas ajudam o desemprego de Cabo Verde e da Ucrânia. O desemprego de Portugal, duvido.
Manuela Ferreira Leite em entrevista ao DN
Tragam uma ficha de inscrição no PNR para esta senhora, por favor. É urgente.

Voz dos pacientes

Aos domingos, as opiniões dos pacientes que vão chegando via correio electrónico.

Ai mamma mia - Há quem não tenha gostado. Eu gostei. Não se pode gostar? Não percebo.
didi (pseudónimo) - endereço electrónico identificado
Cirurgião de serviço — Eu também não. JTD

A vida dos pobres
- Caro Operador-Mor, Neste momento que se presta a grande demagogia convém sermos claros e verdadeiros. A garantia de 20 mil milhões que o Estado 'dá' à banca não é mais que uma garantia, um aval. Ou seja: os bancos para nos emprestarem dinheiro têm que se financiar algures. Para tal, precisam de um avalista/fiador, que, no caso de incumprimento, quando chegar à altura de pagar o empréstimo, pode recorrer ao Estado. Isto permite a quem empresta que não inclua ou inclua menos o risco no juro do empréstimo (o Estado é considerado no mercado bancário um pessoa de bem). Assim, o banco obtém melhores condições.
Repito: apenas se o banco não pagar é que o Estado se chega à frente. Portanto, não faz sentido dizer-se que o "...BES já avisou que vai usar o nosso dinheiro para aguentar o Banco...".
O seu a seu dono!
Efyes! (pseudónimo) - endereço electrónico identificado
Cirurgião de serviço — Mas , meu caro, esta minha postagem não pretende conter grandes suposições analíticas ao sistema financeiro português. Não passou de uma brincadeira à volta da iniciativa do Estado Português. Nada tenho contra a iniciativa e nada me move contra o senhor Ricardo Salgado Espítrito Santo. Mais, até utilizo os balcões da instituição. Portanto, o seu a seu dono, tu tens razão. O pior é se as coisas correm mal. Veremos quem chora no fim.
Volta sempre. Abraço. JTD

Cromo beato - Ainda há paciência para este abominável César das Neves? As declarações que recorrentemente profere deviam ser publicadas no "Inimigo Público". Pelo menos a gente ria sem complexos. Assim, em coisas aparentemente sérias, até dá vontade de chorar.
Gabriela Martins - endereço electrónico identificado

sábado, 1 de novembro de 2008

Revolucionários

As declarações de Vasco Lourenço, insinuando que os militares têm armas ali mesmo à mão e não respondem pelos seus actos neste conflito com o Governo, são lamentáveis. Sendo um dos intervenientes no 25 de Abril, leva-nos a questionar aquilo que muitos sectores mais conservadores colocam sobre aquela data libertadora: será que os acontecimentos de há 34 anos foram mesmo uma revolta dos militares pela defesa dos seus interesses de classe?
Até parece que sim.

Deambulatório

Aos sábados, opiniões escolhidas entre as publicadas nas redondezas.

POBRES, MAS FELIZES
Lisboa é uma cidade azarenta: caiu-lhe um porto na margem do rio. Ainda por cima, os Fenícios que cá chegaram, há uns largos séculos, decidiram-se pela margem norte para encostar os barcos. Podiam ter aportado à margem sul. Mas não. Vieram direitinhos às «Docas». Madrid, por exemplo, é uma cidade com sorte: não tem problemas de expansão do porto. Prescindiu dessa coisa horrível que é estacionar contentores junto ao rio. Os madrilenos, povo de vistas largas, perceberam logo que um porto lhe ia estreitar as vistas. Mas podemos enviar o porto de Lisboa para Roterdão. Aí é que um porto fica bem. Os holandeses, mais trabalhadores do que contemplativos, não se importam. E já agora, para pouparmos no subsídio de desemprego, enviem também os estivadores e os embarcadiços. Depois, felizes, é só pedir uma imperial e uns tremoços e observar o voo das gaivotas que se entrelaça nos raios de sol. Sim, isso da pobreza é sempre culpa dos outros!
Tomás Vasques no Hoje há conquilhas